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As oportunidades que o
boom imobiliário traz
editorial
EXPEDIENTE
A pandemia do coronavírus trouxe um cenário de incertezas em muitas áreas, abalando diferentes setores da economia. Trouxe também mudanças na relação das famílias com suas casas e um novo olhar sobre o lar. Quem imaginava que precisaríamos passar tanto tempo em casa? Com as medidas de distanciamento social, um lugar que antes era apenas dormitório, para muitas famílias tornou-se espaço para moradia, trabalho, estudos e lazer.
Com isso, despertou o desejo de adquirir um novo imóvel, seja para ganhar mais espaço ou qualidade de vida, seja para sair do aluguel ou até mesmo buscar um investimento seguro.
Diante desse cenário, o setor imobiliário, que vinha sendo impactado pela desaceleração da economia há alguns anos e também temia os impactos econômicos da pandemia, foi surpreendido por um ciclo de retomada, a partir do segundo semestre de 2020, e que vem se consolidando ao longo deste ano.
Os desdobramentos dessa retomada e os caminhos para quem deseja comprar um imóvel para morar ou investir são o tema desta revista digital “Boom Imobiliário”.
Nas próximas páginas desta publicação interativa você vai encontrar dados, tendências, análises e orientações de diferentes especialistas, que podem te ajudar na hora de tomar uma decisão sobre onde comprar um apartamento, casa, terreno, loja ou sala comercial. Aqui você vai encontrar também dezenas de lançamentos de empreendimentos na Grande Vitória e no interior do Estado, para diferentes perfis de consumidores.
Entre as oportunidades de fazer bons negócios estão os apartamentos no estilo studio, mais desejados por solteiros; passando por opções de dois, três, quatro e até cinco quartos, para quando a família cresce; chegando aos loteamentos e condomínios de casas, para quem busca mais espaço e qualidade de vida.
As opções também vão do imóvel econômico, financiado pelo programa federal Casa Verde e Amarela, ao alto padrão, mostrando os diferenciais dos empreendimentos mais exclusivos do Espírito Santo.
Nesta revista você encontra ainda tendências do mercado, como regiões e tipologias que são as principais apostas de valorização; mudanças na legislação que buscam desburocratizar a aprovação de projetos; as inovações em tecnologia e sustentabilidade nas construções; as melhores práticas na gestão de condomínios; assim como orientações e novidades para quem deseja construir ou reformar. Além disso, confere dicas para decorar a casa, transformando-a cada vez mais em um lugar de aconchego e bem-estar, neste momento em que o olhar está mais voltado para o lar.
É o conteúdo de www.agazeta.com.br/imoveis que você já conhece, em um novo formato, ainda mais ágil, dinâmico e moderno.
Boa leitura!
Mariana Perini
Gerente do Estúdio Gazeta
Flávia Martins
Editora do Estúdio Gazeta
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GERENTE DO
ESTÚDIO GAZETA
Mariana Perini
EDITORA DO
ESTÚDIO GAZETA
Flávia Martins
EDIÇÃO
Flávia Martins
Joyce Meriguetti
TEXTOS
Karine Nobre
Lara Rosado
Vinícius Viana
DESIGN
Geraldo Netto
PUBLICAÇÃO DIGITAL
DIRETOR DE NEGÓCIOS
Marcello Moraes
DIRETOR DE JORNALISMO
Abdo Chequer
DIRETOR DE MERCADO
Márcio Chagas
EDITORA-CHEFE
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GERENTE DE
EVENTOS E PROJETOS
Bruno Araújo
ENDEREÇO
A Gazeta
Rua Chafic Murad, 902,
Monte Belo, Vitória, ES,
CEP: 29053-315
Boom do mercado
Talk Imóveis
Mercado imobiliário está aquecido, com ofertas
para todos os bolsos. Confira as regiões que
concentram boas oportunidades e entenda
por que o momento é favorável para
quem quer comprar imóvel.
Para compartilhar conhecimento, A Gazeta realiza
série Talk Imóveis, com lives sobre as tendências
do mercado imobiliário. Entre os convidados estão
José Roberto Muratori, Juarez Gustavo Soares,
Guilherme Machado e Vivian Coser
Menos burocracia, mais obras
Prefeituras da Grande Vitória adotam
licença digital, que agiliza aprovação de
construções e reformas.
Pixabay
Ganhando dinheiro
Redução das taxas de juros torna o
investimento em imóveis ainda mais atrativo.
Veja onde investir e quais quesitos avaliar.
AdobeStok
Desafio do primeiro imóvel
A compra do primeiro imóvel é cercada
de dúvidas. Confira um guia sobre cada etapa,
opções de financiamento, uso do FGTS e
facilidades do programa do governo.
Shutterstock
Um, dois ou três quartos
Dos compactos aos gigantes, mercado oferece
opções de imóveis para diferentes perfis
de família, estilos de vida e bolsos.
unsplash
Sonho de ter quintal
A procura de loteamentos para a construção
de casas mais espaçosas com quintal cresceu
na pandemia e aqueceu também o mercado
fora da Grande Vitória.
David McBee/Pexels
Inovação nos condomínios
Projetos se adaptam a mudanças de hábitos
dos moradores e trazem inovações como estúdio
para gravar vídeos, mercado e home office.
Pixabay
Lar bem cuidado
Tendências de decoração, formas de
automatizar a residência, passo a passo da
reforma e administração de condomínio. Confira
dicas para cuidar da casa por dentro e por fora.
AdobeStock
Oportunidade
pexels
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Especialistas do setor explicam as
mudanças que o mercado imobiliário vem
passando desde o ano passado, que têm
resultado em aquecimento no setor
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Mercado aquecido
O ano de 2021 deve continuar com a mesma velocidade nas vendas de imóveis vista desde o ano passado no Espírito Santo. As baixas taxas de juros e a abundância de ofertas de crédito têm sido os principais motivadores desse boom imobiliário, juntamente com a busca por imóveis maiores ou com melhores condições do que o atual, para morar e trabalhar ao mesmo tempo, em virtude da adoção do home office provocada pela pandemia do novo coronavírus.
A tendência de alta está em uma pesquisa realizada com leitores de A Gazeta, pela Gerência de Inteligência do Mercado da Rede Gazeta. Entre os participantes, 10% afirmaram que pretendem comprar um imóvel neste ano e 15% demonstram interesse, mas não souberam afirmar se irão investir nos próximos seis meses, totalizando 25% potenciais compradores. Dos que afirmaram interesse em adquirir um imóvel nos próximos seis meses, 72% buscam por moradia e os outros 28% para investimento.
O crédito imobiliário é a principal forma de
pagamento, já que 71% desses entrevistados
pretendem financiar o imóvel, sendo que
55% planejam investir até R$ 300 mil e
a maioria (68%) prefere comprar um imóvel
na Grande Vitória (veja a pesquisa completa na página 13).
No entanto, o isolamento social trouxe uma nova forma de se comunicar com os potenciais compradores e muitas empresas do mercado imobiliário capixaba começaram a se movimentar para estar junto dessas pessoas, sem precisar do contato presencial. Com essa mudança de cenário, as empresas do setor precisaram aprimorar ainda mais as técnicas de venda a distância, como afirma o presidente da Associação das Empresas do Mercado Imobiliário do Espírito Santo (Ademi-ES), Sandro Carlesso.
“Visitas virtuais, assinatura de contrato, videoconferência com corretores e clientes foram algumas das formas de manter contato que se aprimoraram por parte das empresas do setor imobiliário no último ano. Apesar do distanciamento social, houve aumento nas vendas e esses formatos contribuíram para trazer uma nova forma de contactar o cliente”, afirma.
Para Carlesso, esses formatos, que não são necessariamente novos, uma vez que já eram adotados por algumas empresas do setor, vieram para ficar e tornaram-se uma forma de atrair e atender melhor o cliente, já que, mesmo após a pandemia, o primeiro contato que ele terá com o seu futuro imóvel passa pelo celular ou computador.
ADAPTAÇÃO DIANTE DA ALTA DEMANDA
Prova disso é o que a Morar Construtora vivenciou no ano passado, com o aumento de vendas e até recordes batidos num período em que esperavam pelo pior, afirma o gerente de vendas da empresa, Rones Amâncio. Com o aumento das vendas, eles criaram um site de atendimento 100% on-line e análise de crédito em que todos os documentos podem ser enviados de forma virtual.
“Já temos clientes que compraram nossas unidades sem ver ele decorado. Também contamos com live das obras que estão sendo realizadas, já que muitos não têm a disponibilidade para ver como está o andamento. Todos os nossos lançamentos também estão sendo feitos via videoconferência. Para atrair novos clientes, estamos oferecendo novas ofertas e condições especiais de financiamento e entrada”, conta.
A alta demanda que vem acontecendo desde o ano passado fez com que a Construtora Épura antecipasse alguns lançamentos, afirma o gerente comercial da empresa, Fabiano Martins. “Já estamos na fase de pré-lançamento do Liberty 205, (em Itaparica) e temos mais um produto semelhante para ser lançado em breve, produtos que, em nosso planejamento, estavam programados para o final do segundo semestre deste ano”, conta.
A empresa tem trabalhado intensamente no desenvolvimento de novos negócios, com foco em produtos de médio e alto padrão para atender à demanda existente. Segundo Martins, os residenciais vêm inspirados no chamado “novo normal”. “A ideia é lançar, ainda este ano, mais dois empreendimentos na Praia de Itaparica. Todos os nossos produtos têm soluções para atendimento virtual, sem que o cliente tenha a necessidade de se deslocar ao estande de vendas”, adianta.
A Galwan também vivenciou essa alta demanda desde o ano passado. Segundo o diretor-presidente José Luís Galvêas Loureiro, todos se surpreenderam com a demanda, que veio das pessoas que começaram a procurar pela empresa, principalmente sobre lotes e apartamentos. “Isso se deve a vários fatores e o primeiro foi o tempo. Ficando mais dentro de casa, foi possível observar o funcionamento de alguns cômodos. As modalidades de atendimento remoto cresceram muito e as empresas mais bem preparadas para isso se deram bem. O contato com o cliente precisou de um pouco da criatividade do brasileiro”, afirma.
Para Galvêas, essa movimentação é positiva, no entanto, o mercado ainda trabalha com uma recuperação. “Não estamos nos índices de 2010 ou 2012, mas estamos progredindo. A verdade é que ninguém sabe dizer exatamente o porquê desse crescimento, mas o fato é que todo esse conjunto fez com que praticamente zerássemos nossos estoques. A crise foi menos importante do que o fator de juros baixos, que também influenciou as decisões de compra”, avalia. network_cell
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Nova fase
Luciney Araújo
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Bairros consolidados e empreendimentos
econômicos continuam com alta procura,
enquanto loteamentos e unidades
maiores passam por boom de vendas
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RAIO X
DO MERCADO
IMOBILIÁRIO NO ES
TENDÊNCIAS
Bairros consolidados
Os bairros mais consolidados da
Grande Vitória permanecem como
a aposta do mercado imobiliário.
Vitória: Jardim Camburi, Jardim da Penha,
Praia do Canto, Barro Vermelho e Santa Lúcia
e Enseada do Suá continuam em evidência.
Vila Velha: Praia da Costa, Itapoã e Itaparica.
Ganham destaque também a região no entorno das
Rodovias do Sol, Darly Santos e Leste-Oeste, como
Jockey de Itaparica, Santa Paula e Vale Encantado.
Serra: a valorização está na região central, que
começa em Laranjeiras e Jardim Limoeiro, mas
atinge também as regiões de Jacaraípe e Manguinhos.
Cariacica: região de Campo Grande,
bairro Dona Augusta e bairros vizinhos,
além do entorno da Leste-Oeste.
Interior: Domingos Martins e a região de
Pedra Azul continuam em alta, com valorização
devido à grande procura. Ganham também
destaque as Três Santas: Santa Leopoldina,
Santa Teresa e Santa Maria de Jetibá.
No Litoral Norte, as atrações são Guriri
(São Mateus), Linhares e Aracruz. No Sul,
Anchieta, Itapemirim e Cachoeiro de Itapemirim
também estão no foco das construtoras.
Tipologia
Aumentou a procura por imóveis maiores,
além de casas e loteamentos. Essa
tendência permanece ainda, devido ao
isolamento social que tem feito com que
mais pessoas trabalhem em home office.
No entanto, a procura por imóveis compactos
de 1 e 2 quartos ainda aponta uma alta
demanda, que não deve se dissipar tão cedo.
Tipos de empreendimento
Imóveis no padrão econômico ainda são
forte tendência do mercado, mantendo a
demanda mesmo em períodos de crise.
Um dos pontos fortes são os subsídios
do governo, principalmente na
linha Casa Verde e Amarela.
Já os imóveis de alto padrão, apesar de nunca
saírem do radar do mercado imobiliário, no
último ano tiveram uma retomada da alta
de vendas, causada pela queda de juros e
do baixo retorno da renda fixa. Enquanto
bancos mantiverem taxas de financiamento
atraentes, esse mercado continuará a crescer.
Luciney Araújo
Carlos Alberto Silva
Luciney Araújo
Claudio Postay/ Divulgação PMC
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Conhecimento compartilhado
Você tem vontade de comprar um imóvel, mas não sabe muito bem por onde começar? Esse e outros temas do mercado imobiliário vão ser debatidos na 2ª edição do Talk Imóveis, uma série de quatro lives transmitidas na página do Facebook e no site de A Gazeta. O primeiro bate-papo já tem data marcada e vai acontecer na quarta-feira, dia 26, às 16 horas. Os outros encontros serão realizados nas quartas-feiras subsequentes, sempre no mesmo horário.
Para apontar os diferentes motivos de agora ser um bom momento para tirar o sonho da casa própria do papel, a primeira live do projeto vai contar com nomes de peso. Entre os participantes está Guilherme Machado, CEO da única escola de educação continuada do mercado imobiliário no Brasil, o Instituto QR. Especialista no segmento e mestre em Neurociência, atualmente Guilherme se dedica a ajudar corretores, imobiliárias e construtoras a serem líderes em seus segmentos.
O presidente da Associação das Empresas do Mercado Imobiliário do Espírito Santo (Ademi-ES), Sandro Carlesso, e o presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Espírito Santo (Sinduscon-ES), Paulo Baraona, também vão participar do encontro.
Assim como na live de abertura do Talk Imóveis de 2020, o economista e comentarista da rádio CBN, Teco Medina, também é presença confirmada. O especialista vai mediar o debate e trazer os aspectos econômicos que envolvem a compra de um imóvel no cenário atual. A apresentação das lives vai ser realizada pela editora adjunta de Imóveis de A Gazeta, Lara Rosado.
PRÓXIMO TEMAS
No dia 2 de junho, a segunda live do Talk Imóveis vai ter como objetivo mostrar um passo a passo de como comprar um imóvel para morar ou investir. Isto é, se você tem dúvidas de como funcionam os financiamentos, os consórcios ou então de como usar o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) na hora de fechar um negócio, não perca esse encontro.
O empresário do mercado imobiliário Juarez Gustavo Soares, conselheiro e ex-presidente da Ademi-ES, é um dos participantes desta live. O presidente do Conselho Regional de Corretores de Imóveis do Espírito Santo (Creci/ES), Aurélio Dallapícula, o diretor de Negócios e Recuperação de Ativos do Banestes, Hugo Gaspar, e a colunista de Economia de A Gazeta, Beatriz Seixas, vão compor o time de peso.
Já no dia 9 de junho, o tema vai ser sobre como tornar o lar um lugar de aconchego. Desde março do ano passado as pessoas foram obrigadas a passar mais tempo em casa para conter a propagação da Covid-19. O que antes era um local apenas para dormir e fazer refeições, agora se tornou um espaço de refúgio, segurança, lazer e até mesmo de trabalho e de estudos.
A psicóloga e especialista em Felicidade Angelita Scardua vai participar do debate e jogar luz às questões a partir do olhar da Psicologia Social. Além dela, o presidente do Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Espírito Santo (CAU-ES), Heliomar Venâncio, e a arquiteta Vivian Coser também são os especialistas confirmados para debater sobre o tema que continua em alta enquanto enfrentamos os desafios da pandemia.
Para fechar a série de lives com chave de ouro, no dia 16 de junho o encontro será sobre tecnologias e sustentabilidade no mercado imobiliário. Neste encontro serão debatidas as possibilidades de transformar o imóvel em uma casa inteligente, trazendo dicas e as principais tendências do segmento.
Membro fundador da Associação Brasileira de Automação Residencial e Predial (Aureside), o engenheiro de produção José Roberto Muratori é especialista neste tema e vai participar do encontro. Para compor o debate, a live vai contar também com as contribuições do arquiteto e diretor do Sinduscon-ES Luiz Claudio Mazzini Gomes e do especialista em tecnologia e comentarista da rádio CBN Vitória, Gilberto Sudré.
Ficou interessado nos assuntos? Anote na agenda as datas e participe! Acompanhe agazeta.com.br/imóveis para ficar por dentro de toda a cobertura do Talk Imóveis. network_cell
José Roberto Muratori, Juarez Gustavo Soares, Guilherme Machado e Vivian Coser estão entre os convidados do Talk Imóveis 2021
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Carlos Alberto Silva
Legislação
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O Plano Diretor Municipal (PDM) é um mecanismo que define a forma de ocupação do solo urbano de uma cidade. Para a sua realização é preciso mobilizar toda a sociedade, com audiências públicas, envolvendo o poder público e também a classe empresarial, com a intenção de criar uma cidade cada vez melhor e mais desenvolvida para todos os seus habitantes. No entanto, ainda há entraves apontados pela indústria imobiliária, ao mesmo tempo que as prefeituras têm buscado dinamizar essa relação para acelerar o desenvolvimento das cidades.
Segundo o vice-presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado do Espírito Santo (Sinduscon-ES), Aristóteles Passos Costa Neto, uma das preocupações do setor é o plano de mobilidade urbana, que deveria ser feito antes mesmo do PDM. “É preciso, antes de decidir sobre a ocupação do solo, entender quais modais que a cidade precisa ter, incentivar o uso do transporte público de qualidade, entender quais os principais eixos. Já é tendência as cidades priorizarem transportes menos poluentes e uma mobilidade mais saudável”, observa.
Um bom plano de mobilidade urbana, segundo Costa Neto, prevê com antecedência as necessidades viárias e também de ocupação do solo, não deixando que o PDM fique ultrapassado, uma vez que as cidades evoluem rapidamente. “É por isso que o plano diretor das cidades deve ser baseado na mobilidade, para que ele se ajuste à dinâmica das cidades, estabelecendo os usos e ocupações do solo”, observa.
Um exemplo é o que vem fazendo a Prefeitura da Serra, que realizará a revisão do PDM do município simultâneo ao plano de mobilidade, segundo adianta o secretário de Desenvolvimento Urbano da Serra, Claudio Denicoli. “Serão dois produtos, mas realizados simultaneamente, com uma equipe multidisciplinar de 15 efetivos da própria prefeitura, que conhecem bem a cidade e suas necessidades. Serão dois produtos adaptados e preparados com o que se discute em termos de mobilidade e ocupação do solo no mundo”, disse.
Outra ação com o objetivo de dinamizar a cidade, mas que já está em execução é o licenciamento on-line junto com o licenciamento ambiental. Segundo Denicoli, a Serra é o primeiro município do país a fazer esse tipo de liberação e em até 72 horas é possível ter a licença de obra junto com a ambiental, que levava até dois anos para ser liberada. “Foram aprovados 300 projetos em 60 dias com essa nova forma de fazer licenciamento”, conta.
Outro município que também tem se movimentado, principalmente com relação às formas de deslocamento dentro da cidade é Vila Velha. Segundo a secretária de Desenvolvimento Urbano e Mobilidade de Vila Velha, Milena Ferrari, o plano de mobilidade já está concluído e compatibilizado com o PDM e será enviado para a Câmara.
“Ele irá criar ligações importantes na cidade, novos eixos viários que promoverão a expansão urbana. O plano de mobilidade engloba o uso de ciclovias e a concessão de transporte aquaviário, buscando diversificar os modais de transporte em Vila Velha. A cidade sempre foi pensada para o carro e a lei acompanhou isso. Mas uma mudança de cultura também vem sempre acompanhada com a alteração das leis. E com uma boa infraestrutura é possível fazer essa mudança cultural”, observa Ferrari.
REVISÕES EM PRAZO MENOR
O longo período entre a elaboração de um PDM e sua revisão é também uma preocupação do setor, segundo o diretor da incorporadora Nazca, Breno Peixoto. Para ele, o período de 10 anos é muito tempo para fazer a revisão do PDM, já que elas deveriam acontecer num prazo menor, de pelo menos três anos. Além disso, ele destaca três pontos bastante sensíveis acerca do PDM que precisam ser estudados.
O primeiro é a quantidade de vagas de garagem e o que isso demanda dos empreendimentos, já que faz com que um imóvel fique mais caro. Como exemplo, ele cita as cidades de São Paulo e Rio de Janeiro, onde essas regras foram revisadas e não precisam de muitas vagas de garagem, podendo aumentar a possibilidade de imóveis mais baratos, voltados para o público jovem.
O segundo ponto é a relação dos afastamentos. “Dependendo do terreno, os apartamentos ficam muito pequenos, piora a qualidade de vida dos moradores e o valor aumenta”, observa. O que leva ao terceiro ponto: a altura dos empreendimentos. “Quanto mais altos, mais afastados, e, portanto, melhor é a ventilação”, avalia.
Segundo o secretário de Desenvolvimento Urbano da Serra, Claudio Denicoli, o município tem se preparado para fazer a verticalização.
“A Serra sempre foi uma município extenso e cresceu de forma horizontal, mas o custo de manutenção é muito alto, por isso iremos promover a verticalização: manutenção dos aparelhos públicos mais barata e arrecadação maior. Isso entrará na nova revisão do PDM. Iremos verticalizar bairros mais afastados dos que hoje são mais adensados”, adianta.
IMPACTO NO MERCADO IMOBILIÁRIO
O diretor da Associação das Empresas do Mercado Imobiliário do Espírito Santo (Ademi-ES) Alexandre Schubert aponta que o número de restrições dos planos diretores dos municípios da Grande Vitória acaba definindo o perfil das unidades de um empreendimento. “Não deveria ser assim, pois quem define é o mercado. O PDM deveria concentrar-se mais nos índices de ocupação, envolvendo-se menos com a questão mercadológica”, observa.
Outra questão é a participação da população nas decisões. “A participação da sociedade é importante, ela participa muito mais no processo de construção do PDM, mas vemos que, algumas vezes, há um contexto muito particular para certas decisões, em vez de ser mais focado no crescimento da cidade”, avalia Schubert.
Ele afirma que é preciso olhar para a frente para entender as mudanças. “Muitos jovens já nem querem mais tirar carteira de habilitação. Então, não há necessidade de muitas vagas de garagem. Há também a questão do zoneamento, em que em alguns PDMs não permitem mais centralidade, o que provoca menos deslocamentos, ou seja, menos trânsito na cidade”, disse.
Para a secretária de Desenvolvimento Urbano e Mobilidade de Vila Velha, Milena Ferrari, o município tem todo o interesse em se tornar mais competitivo e, com isso, trazer mais investimentos. “Temos interesse em fazer ajustes no PDM, principalmente relacionados ao comércio e indústria, revendo a questão de estacionamento e zoneamentos que estejam próximos dos eixos estruturantes, para adequá-los e tornar a cidade mais competitiva”, disse.
Segundo Ferrari, os ajustes serão realizados à medida que forem encontrados entraves que prejudicam o desenvolvimento saudável do município. “A prefeitura está sempre aberta a ouvir. Mas é importante lembrar que a decisão depende sempre do Conselho da Cidade, das audiências públicas e da Câmara”, avalia. network_cell
Vista do bairro Laranjeiras, na Serra: prefeitura fará revisão do PDM simultânea ao plano de mobilidade
Luciney AraÚjo
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VEJA COMO FUNCIONA A LICENÇA DIGITAL
Licença digital
agiliza aprovação
de construções e reformas
Com novos protocolos on-line
em prefeituras da Grande Vitória,
as licenças para obras podem ser
liberadas em até uma semana
Com o objetivo de desburocratizar o processo de licenciamento para obras, desde pequenas reformas a construções de novas casas e prédios, prefeituras da Grande Vitória passaram a realizar esses procedimentos virtualmente. Serra, Cariacica, Vila Velha e Vitória já contam com novos protocolos de atendimentos em plataformas digitais, como forma de agilizar as liberações de novos empreendimentos.
Esse novo processo é resultado de um debate realizado entre as prefeituras, o Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado do Espírito Santo (Sinduscon-ES) e a Federação das Indústrias do Estado do Espírito Santo (Findes).
Além de reduzir o tempo de aprovação para os empreendimentos, com um aumento no número de projetos licenciados, é esperada uma maior geração de empregos nas obras, além da redução nos custos da documentação.
O presidente do Sinduscon-ES,
Paulo Baraona, explica que
o processo de licenciamento
imobiliário na Grande Vitória
demorava de seis meses a um
ano. Hoje, em alguns municípios,
a aprovação acontece em
até 3 meses.
Dependendo do porte da construção, esse prazo pode chegar a uma semana. É o caso da Prefeitura da Serra, por exemplo, que implementou há cerca de dois meses o sistema virtual de licenciamento para obras e reformas. Com a documentação correta, em até 72 horas é disponibilizada a taxa de aprovação dos projetos. Após o pagamento, em um novo prazo de até 72 horas, o responsável recebe a licença de obra e a licença ambiental.
“A partir de agora, a prefeitura passa a confiar na declaração dos profissionais e responsáveis técnicos da obra de estarem cumprindo a legislação de acordo com as normas estabelecidas. Isso reduz o tempo de aprovação dos projetos, porque ela não fica mais responsável por conferir os detalhes implícitos à legislação”, explica Paulo Baraona.
Taxas de ocupação e afastamento entre os terrenos continuam sendo verificados pelas secretarias de desenvolvimento urbano dos municípios. Entretanto, os profissionais responsáveis pelos projetos se responsabilizam por cumprir o Código de Obras. Além disso, as prefeituras realizam as vistorias necessárias para conferir se toda a legislação foi cumprida.
De acordo com o diretor da Associação das Empresas do Mercado Imobiliário do Espírito Santo (Ademi-ES) Gilmar Custódio, esse projeto representa um avanço muito grande na desburocratização das licenças.
Segundo ele, pelo menos, 80% das demandas nas prefeituras são de registros para pequenas reformas. O corpo técnico fica, portanto, sobrecarregado com o volume de protocolos. Com a agilização do processo, ela passa a se dedicar a projetos que necessitam de uma análise maior e mais detalhada.
“Qualquer reforma que envolva remoção de parede ou altere a estrutura da casa precisa de uma licença. Mas cada município tem a sua legislação e o código de obras para isso. Os protocolos virtuais evitam a burocracia e fazem a máquina girar com a maior aprovação de empreendimentos”, destaca Gilmar Custódio.
Também vice-presidente da Findes, Paulo Baraona explica que a licença digital é resultado de um trabalho construído com vários setores da indústria e capitaneado pela Federação. De acordo com ele, isso faz parte de um programa com 10 medidas de desburocratização, realizado junto às prefeituras para melhorar a gestão e os investimentos tanto do cidadão quanto da iniciativa privada.
“Os sindicatos, por meio da Câmara Setorial da Construção Civil, se mobilizaram junto à Federação para levar o debate às prefeituras. São sugeridas melhorias aos canais do governo para aprimorar o ambiente de negócios e, consequentemente, auxiliar a economia”, pontua Paulo Baraona. network_cell
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Legislação
COMO FUNCIONA A LICENÇA DIGITAL
CARIACICA
Lançado em abril de 2021, o sistema Cariacica Aprova Legal disponibiliza serviços de aprovação e regularização de edificações, parcelamento do solo e as licenças para construção dos processos cadastrados. Antes, o processo de análise e aprovação demorava de 60 a 120 dias, agora o sistema valida as informações do projeto e, quando de acordo com a legislação, emite o Certificado de Aprovação de Projetos em minutos.
O processo completo, considerando o pagamento das taxas e a análise dos documentos pelo setor, pode ser liberado em uma semana. Todos os trâmites são realizados de forma on-line.
SERRA
A Prefeitura da Serra já conta, há cerca de dois meses, com um sistema virtual de licenciamento para obras e reformas. Por meio do site, é possível abrir um processo eletrônico para aprovação dos projetos na guia “cidadão” e, logo depois, selecionando a aba “consultar processos”. Com a documentação correta, em até 72 horas é disponibilizada a taxa de aprovação dos projetos. Após o pagamento da licença efetuada, em um novo prazo, de até 72 horas, o responsável recebe a licença de obra e a licença ambiental.
VILA VELHA
Todas as análises e procedimentos da Prefeitura de Vila Velha já estão sendo feitos de forma on-line. Por meio do site da prefeitura, é aberto um protocolo digital e o retorno para o requerente é feito após uma avaliação do projeto pelos analistas em até uma semana. No caso de dúvidas, os interessados podem consultar a aba “formulário on-line” e selecionar a guia Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Mobilidade (Semdu) para verificar toda a documentação exigida nos processos de licenciamento, alvarás e certidões.
VITÓRIA
Na Prefeitura de Vitória, os procedimentos também são virtuais. O contribuinte, por meio do site do município, pode solicitar as licenças de reforma, ampliação, construção e outros alvarás. O tempo de análise vai depender do tamanho do projeto, mas para pequenas obras a licença pode ser obtida de 3 a 5 dias, com toda a documentação correta. A prefeitura já estuda a implantação de um sistema de licenciamento automático, de acordo com os graus de riscos das atividades desempenhadas.
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Entenda os caminhos
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Visão de mercado
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Todas as etapas
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Comprar ou investir
O momento está propício para quem deseja comprar um imóvel, seja para morar ou investir, principalmente para quem pensa em fazer um financiamento, já que as taxas de juros estão, segundo especialistas, no menor patamar histórico. Dados da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip) mostram que o crédito imobiliário com recursos das cadernetas de poupança no Brasil chegou a R$ 18,35 bilhões no mês de março, registrando um aumento de 172,7% em relação ao mesmo período do ano passado.
A entidade prevê um crescimento do financiamento imobiliário em mais de 30% para este ano. Só para ficar em um exemplo, o primeiro trimestre de 2021 teve uma alta de 112,3% comparado com o mesmo período de 2020. Além da baixa taxa de juros proporcionando essa corrida, há também o retorno menor nos investimentos de renda fixa, o que faz com que boa parte desse tipo de investidor busque outras formas de valorizar sua renda, optando, na maioria das vezes, por imóveis pela segurança desse tipo de empreendimento.
O diretor de Negócios do Banestes, Hugo Gaspar, explica que a taxa básica que compõe os juros, a Selic, nunca esteve tão baixa. “O crédito imobiliário teve o melhor trimestre da história este ano. A Selic já esteve a 2%, mas mesmo agora, com ela chegando a 3,5%, ainda assim, é bastante atraente. Quem comprar um imóvel agora garante pagar o seu financiamento com a menor taxa possível”, avalia.
Gaspar afirma que este é o “melhor momento com relação à taxa básica de juros”, uma vez que, além da Selic, outro indexador importante para compor as taxas das instituições financeiras, a TR, também teve uma variação bem pequena nos últimos anos. “Os bancos, atualmente, estão oferecendo os menores patamares de todos os tempos para financiamento. Portanto, a variação entre uma instituição e outra é bem pequena, garantindo para o comprador uma dívida no menor patamar da história”, observa.
ENDIVIDAMENTO
No entanto, mesmo com a situação propícia para quem deseja financiar, é importante avaliar o seu orçamento e se um financiamento imobiliário irá comprometer muito a renda. Segundo o conselheiro do Conselho Regional de Economia do Espírito Santo (Corecon-ES) Vaner Corrêa, o ideal é que o valor fique entre 10% a 30% da sua renda, pois existem outros gastos que é preciso atentar, como prestação de carro ou seguro, IPTU que tem todo ano, escola dos filhos, plano de saúde e assim por diante.
“Sempre que a pessoa contrair um empréstimo, é bom que ela preste atenção nos demais gastos fixos e outras variáveis e que não comprometa mais do que 10% a 30% da sua renda. Um financiamento é uma dívida a longo prazo e quanto menor essa parcela dentro do seu orçamento, melhor”, aconselha.
Na hora de optar por um financiamento, Corrêa também enfatiza que é importante pensar sempre no “preço do dinheiro”, que é a taxa de juros. “É bom aproveitar que a Selic está baixa e gastar tempo em busca de uma instituição financeira que ofereça as menores taxas de juros. E saiba também escolher o indexador: com a TR baixa, ela se torna a melhor opção de indexador. Já o IGP-M é um índice muito traiçoeiro, que pode aumentar muito no ano, deixando um saldo devedor maior ainda. Afinal de contas, este é calculado com base nos juros”, atenta. label_important
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Outra opção para quem deseja aproveitar o momento e adquirir a casa própria é o consórcio imobiliário. Assim como o financiamento, a procura por consórcio imobiliário cresceu no último ano: 14% no segmento, registrando mais de 7,8 milhões de consorciados, segundo a Associação Brasileira das Administradoras de Consórcios (Abac). Neste ano, a associação registrou um aumento de vendas de 38% nos três primeiros meses de 2021 com relação ao ano passado, com a comercialização de R$ 21 bilhões em crédito.
“Financiamento imobiliário é uma solução para um perfil de consumidor que já está capitalizado, ou seja, cerca de 18%. Uma fatia sonha com a casa própria, mas não tem o valor da entrada e nem capacidade de crédito. O consórcio é uma opção mais segura, pois ele não influencia nas linhas de crédito da pessoa e é bastante flexível quanto a prazos, parcelas e valor do crédito que a pessoa deseja contrair”, avalia o vice-presidente de negócios da Embracon, Luís Toscano.
Diferente do financiamento, o consórcio imobiliário não tem incidência de juros ou IOF, por se tratar de uma compra planejada. A administradora reúne um grupo de pessoas interessadas em comprar e as parcelas mensais são compostas pelo valor do fundo comum e por taxas para o pagamento de administração, fundo reserva e seguro. Durante a vigência do consórcio, é possível dar lances para obter a carta de crédito ou aguardar o sorteio.
“Se for uma pessoa organizada, ela vai saber quanto tem em seu orçamento para a parcela do consórcio e, com a nova Lei do Consórcio, é possível ainda usar o FGTS para quitar ou dar um lance. Mas é importante, antes de contratar um consórcio, verificar se a administradora é autorizada pelo Banco Central”, orienta Toscano. network_cell
CONSÓRCIO É ALTERNATIVA
PARA FUGIR DOS JUROS
VAI
FINANCIAR?
VEJA O QUE OBSERVAR
Renda
Evite comprometer mais do que 30% da sua renda com a parcela do financiamento. Busque sempre um valor que esteja abaixo do máximo que sua renda comporta, pensando em gastos extras que surgem de tempos em tempos. Faça uma simulação no site do banco, que vai indicar sua capacidade de contratação do crédito de acordo com a renda.
Consórcio
Quem não tem condições de pagar a entrada, quer evitar os juros ou não deseja se descapitalizar pode optar pelo consórcio imobiliário.
Portabilidade
Quem tem um financiamento pode aproveitar a baixa histórica dos juros e buscar uma instituição financeira com índices menores do que quando foi contratado o financiamento. Isso pode significar uma redução do seu saldo devedor e parcelas.
Instituição
Gaste um tempo em busca da instituição financeira com a menor taxa de juros do mercado. Mesmo que a Selic esteja num patamar baixo, ainda assim é importante aproveitar as menores taxas do mercado.
Indexação
Busque taxas de indexação mais vantajosas, que não sofram grandes reajustes, como é o caso da TR. Um financiamento indexado por IGP-M ou IPCA pode significar um saldo devedor muito mais alto por conta da grande variação dessas taxas.
Comprar ou investir
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Comprar ou investir
Com a redução das taxas de juros, uma alternativa para quem busca um financiamento da casa própria é a possibilidade de utilizar o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) na negociação. O valor pode ser utilizado como entrada, para liquidação do saldo devedor e até mesmo para dar um lance, no caso de um consórcio imobiliário.
“O FGTS é uma ótima alternativa, porque muitas pessoas ainda vivem no aluguel. Esse recurso permite, então, acumular um valor para utilizar no pagamento do imóvel enquanto trabalha”, destaca o consultor imobiliário Renato Ribeiro Machado.
O aquecimento do mercado e as taxas de juros mais atrativas permitem que, em alguns casos, as parcelas do imóvel se igualem ou fiquem menores que o valor pago no aluguel.
“As taxas de juros estão baixas, então, vale a pena investir em um imóvel se a pessoa possuir um bom dinheiro acumulado no FGTS que permita reduzir o valor a ser financiado’’, recomenda o conselheiro do Conselho Regional de Economia do Espírito Santo (Corecon-ES) Vaner Corrêa.
Entretanto, para realizar esse processo, alguns critérios precisam ser obedecidos. “É proibido, por exemplo, possuir outro imóvel em seu nome”, explica Renato Machado.
O consultor ainda comenta que o FGTS em demais localidades só pode ser utilizado para compra de imóveis no município residente ou vizinho. Entretanto, regiões metropolitanas são exceção. Nesses casos o comprador pode adquirir um imóvel em qualquer município daquela região.
Por exemplo, moradores de Linhares só podem comprar imóveis no local ou nos municípios vizinhos. Já quem reside em Viana pode comprar um empreendimento em Fundão, porque mesmo que eles não sejam limítrofes, estão na mesma região metropolitana da Grande Vitória.
Segundo a Caixa Econômica Federal, as informações relacionadas ao fundo podem ser consultadas no aplicativo do FGTS, internet banking do banco e no extrato das contas vinculadas.
Além disso, esse saldo pode ser utilizado para pagamento da casa própria em quatro situações.
Compra de imóveis e construção
Para quem deseja comprar ou construir um imóvel residencial, o saldo do FGTS pode ser utilizado na hora da contratação, como entrada do financiamento, constituindo parte do pagamento ou do valor total, segundo a Caixa.
Liquidação do saldo devedor
De acordo com o consultor imobiliário Renato Ribeiro Machado, uma das vantagens do FGTS é a possibilidade de quitar o saldo devedor. Atualmente, o contrato de financiamento precisa ter sido assinado no âmbito do Sistema Financeiro Habitação (SFH). No entanto, no último dia 11/05, o Conselho Curador do Fundo decidiu que, a partir de agosto deste ano, os recursos também poderão ser usados para o abater o saldo devedor do primeiro imóvel pelo Sistema de Financiamento Imobiliário (SFI), que financia imóveis com recursos livres dos bancos.
Pagamento de parte do
valor das prestações
De acordo com a Caixa Econômica Federal, é possível utilizar o fundo para diminuir em até 80% o valor das prestações em 12 meses consecutivos, atualmente apenas para contratos pelo SFH. Mas, a partir de agosto, o mesmo valerá para financiamentos com recursos do SFI.
Consórcio imobiliário
É possível usar o saldo do FGTS no consórcio para amortizar o saldo devedor ou pagar alguma parte das parcelas do consórcio, caso já tenha adquirido o imóvel. O valor que será debitado da conta não pode passar de 80% do valor total da prestação. O fundo pode também ser usado para uma oferta de lance ou para complementar a carta de crédito.
“Geralmente, o fundo é retirado pelo banco, que pode ser qualquer um, incluindo os casos de consórcio imobiliário, creditado na conta do vendedor e, então, registrado no contrato de financiamento”, explica Renato Ribeiro Machado.
Além disso, ele alerta que o comprador também deve obedecer algumas recomendações. Uma delas é ter, no mínimo, três anos de trabalho sob o regime do FGTS.
A instituição financeira também destaca que não é permitido financiar obras ou materiais de construção para a casa, comprar terrenos sem construção ao mesmo tempo ou imóveis comerciais.
“Esse fundo foi criado para garantir o futuro do aposentado. Por isso, ele pode ser utilizado para financiamento de imóveis. Em uma situação geral, recomendo consultar um despachante imobiliário para orientar com os documentos”, indica Vaner Corrêa. network_cell
Quais os documentos necessários?
Os documentos mínimos necessários para
a utilização do FGTS em moradia própria
estão descritos no Manual “FGTS - Utilização
em Moradia Própria”, disponível na área
de downloads do site www.caixa.gov.br.
Quais as condições do imóvel?
Segundo a Caixa, o imóvel não pode ter
sido utilizado como objeto de aquisição
há menos de três anos. Além disso, ele
precisa estar matriculado no Registro de
Imóveis (RI) competente, sem registro de
gravame que resulte em impedimento à
comercialização. Ao final da avaliação, é
preciso apresentar condições de habitabilidade
e ausência de vícios de construção.
Existe algum valor mínimo
ou máximo de investimento?
O limite é o previsto para operações
no SFH, que atualmente está em
R$ 1,5 milhão. A partir de agosto, valerá
também para o primeiro imóvel adquirido
pelo SFI, também com limite de R$ 1,5 milhão.
Muda alguma coisa no
caso do saque-aniversário?
Não. De acordo com a Caixa, o
saque-aniversário permite a retirada de
parte do saldo da conta do FGTS, anualmente,
no mês de aniversário. No caso de rescisão
de contrato, o trabalhador poderá sacar o
valor referente à multa rescisória. No entanto,
o saldo que ele mantém em conta pode
ser usado no financiamento imobiliário.
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Divulgação/Morar Construtora
Diferenciais
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Se antes os empreendimentos de programas habitacionais eram mais básicos, hoje esses imóveis estão bem equipados. Tanto que é possível morar em um condomínio-clube pagando prestações menores que o aluguel.
Muitas dessas opções estão enquadradas no programa do governo federal Casa Verde e Amarela, que alterou critérios do antigo Minha Casa Minha Vida (MCMV). Com a mudança na faixa de avaliação dos apartamentos econômicos, as construtoras já conseguem oferecer novos itens como áreas de lazer mais completas, garagens cobertas, espaços de coworking, elevador e até vista para o mar.
Tudo isso porque a concorrência aumentou e o olhar do consumidor está mais crítico. Já que na hora de investir no primeiro imóvel é preciso mesmo muito estudo para não errar ao fechar negócio.
“O programa é uma porta de entrada para
as pessoas que vão adquirir o primeiro apartamento. As construtoras têm trabalhado
cada vez mais para atender às demandas
e adicionar elementos que irão valorizar
o empreendimento. Por isso, o mercado
capixaba está bem servido para unidades
de primeira moradia”, destaca o diretor do
Sindicato da Indústria da Construção Civil
no Estado do Espírito Santo (Sinduscon)
Joacyr Meriguetti.
Esse é o caso da técnica de enfermagem Geovana Helmer. Moradora de São Diogo II
há cinco meses, ela conta que esse foi
o primeiro financiamento de um
apartamento com o seu nome.
Segundo Geovana, a decisão de se mudar para um imóvel novo foi tomada devido aos constantes alagamentos da casa anterior. Apesar do medo inicial de ter o financiamento negado pela instituição financeira, ela descreve o processo como rápido e natural.
“Entrar pela primeira vez nesse apartamento foi uma sensação muito boa. Senti bastante diferença devido à segurança, ao sossego e à área de lazer com piscina. A localização é ótima e, quando bati o olho na maquete, sabia que o empreendimento era para mim”, relata.
Os empreendimentos evoluíram, mas ainda é possível encontrar variações entre as unidades. O diretor da Associação das Empresas do Mercado Imobiliário (Ademi-ES) Eduardo Fontes explica que os apartamentos mais equipados são os que estão próximos ao teto do programa.
“Quem ganhou foi o consumidor, porque com o aumento na concorrência tem-se um leque maior de empresas disputando esses clientes. É o tipo de segmento com bastante déficit habitacional, o crescimento é contínuo e dificilmente vai ser prejudicado”, pontua Fontes.
Para ganhar competitividade no mercado, o termômetro das construtoras é o cliente. A procura por ambientes com áreas de lazer maiores e o olhar crítico para a qualidade das unidades têm remodelado a tipologia dos empreendimentos do programa.
Uma empresa que aposta em diferenciais é a Morar Construtora, que lançou em maio 1.000 unidades em dois condomínios-clube, o Vista de Barcelona, em Porto Canoa, na Serra, e o Vista do Vale, em Vale Encantado, Vila Velha.
Os lançamentos contam até com espaço de coworking, já que na pandemia o trabalho em casa se popularizou. Além disso, os condomínios-clube têm segurança reforçada com cercas elétricas, portões automáticos, circuitos fechados de TV e previsão de instalação de estações para recarga de veículos elétricos.
Na caprichada estrutura de lazer dos empreendimentos há piscinas adulto e infantil, parquinho, campinho gramado, churrasqueira, salões de festas aberto e fechado, entre outros itens.
“Nossos condomínios, em geral, contam com opções de dois e três quartos, com ou sem suíte, e até quintal privativo. Estão localizados em áreas de plena expansão, com toda infraestrutura de supermercados, padarias, academia e comércio em geral ao redor”, explica o responsável pelos projetos e gerente comercial da Morar Construtora, Filippe Vieira.
Também na Serra, o Villa do Mestre Residencial Clube, da De Martin Construtora, será entregue com o piso cerâmico em todos os ambientes. Além do lazer com piscina, salão de festas, churrasqueira, parquinho, academia, horta compartilhada e quadra recreativa.
“Hoje em dia, o cliente não liga se a vaga do carro fica longe da torre, o mais importante é se o veículo ficará descoberto. Por isso nos atentamos aos detalhes, sempre procuramos uma localização privilegiada para aumentar a valorização do empreendimento, próxima ao comércio, e desenvolvemos plantas com opções no térreo com quintal como diferencial”, afirma o diretor da De Martin Construtora, Felippe Sabino.
Essas novidades se tornaram possíveis devido à ampliação no valor das unidades dentro do programa habitacional. O teto de construção aumentou e agora os empreendimentos podem chegar até R$ 190 mil. Assim, as construtoras conseguem entregar apartamentos maiores e com melhor acabamento, aponta o sócio-proprietário da Soliddo Engenharia, Vicenzo Queiroz.
“Algumas das nossas unidades já contam até com a marcenaria, porque o nosso objetivo é finalizar o apartamento com tudo pronto para a pessoa entrar e morar. A Soliddo também possui empreendimentos com cinco torres e uma delas com elevador para quatro andares”, pontua Vicenzo Queiroz.
CASA VERDE E AMARELA
Aprovado em dezembro do ano passado pelo Senado, o programa Casa Verde e Amarela substituiu o Minha Casa Minha Vida (MCMV) e promoveu alterações nas taxas de juros, faixas de renda e modalidades de atendimento. O objetivo continua sendo garantir o acesso à moradia.
Para financiar um imóvel pelo programa, é preciso ter renda mensal de até R$ 7 mil. Também é possível utilizar as linhas de créditos para garantir os títulos de direito real de lotes familiares e promover reformas
habitacionais. network_cell
Acervo pessoal
Geovana
decidiu
comprar
imóvel para
fugir de
alagamentos
Faixas de renda
O Casa Verde e Amarela altera as faixas de
renda do Minha Casa Minha Vida (MCMV),
dividindo em três grupos. O primeiro é para
famílias com renda até R$ 2 mil; o segundo,
entre R$ 2 mil e R$ 4 mil; e o terceiro,
famílias com renda de R$ 4 mil a R$ 7 mil.
Taxas de juros
Com a mudança da inflação no país, os juros
também precisaram ser alterados. Os novos
valores variam de 4,5% ao ano a 8,16% ao ano,
de acordo com a faixa de renda e a localidade
das unidades. Houve também aumento no
limite do valor dos imóveis financiados,
podendo chegar a R$ 190 mil.
Reforma
Integrantes do grupo 1 também poderão
obter recursos, caso sejam selecionados,
para aplicar na reforma do imóvel ou
ampliação de espaços. Para isso, é necessário
estar inscrito no CadÚnico, ser maior de
18 anos e não possuir outros imóveis.
Regularização fundiária
Além do financiamento de unidades
habitacionais, o programa também atende a
novas modalidades. O Casa Verde e Amarela
concede títulos de direito real de lotes
familiares, com o objetivo de reduzir conflitos
fundiários, dar segurança jurídica e estimular
a formalização dos patrimônios no Brasil.
Vista do Vale Condomínio-Clube
Características: 2 quartos e 2 quartos com suíte. Opções de unidades acessíveis para pessoas com mobilidade reduzida, quintal privativo, varanda descoberta e espaço para escritório, 3º quarto ou closet. O condomínio-clube conta com ampla área de lazer incluindo quadra recreativa, quiosque com churrasqueira, sala de ginástica, piscina, entre outros. O empreendimento também tem segurança reforçada, previsão de instalação para recarga de veículos elétricos e sistema de sensores no hall e corredores.
Localização: Vale Encantado, Vila Velha
Valor: a partir de R$ 166,581,92
Realização: Morar Construtora
Morar/Divulgação * imagem de visualização provisória
Vista de Barcelona Condomínio-Clube
Características: 3 quartos (sendo 1 de serviço), 2 quartos com ou sem suíte, 2 quartos com depósito/escritório. Opções de unidades acessíveis para pessoas com mobilidade reduzida, quintal privativo e espaço para escritório. Conta com salas de treinamento e coworking, além de ampla área de lazer com quadra recreativa, quiosque com churrasqueira, sala de ginástica, piscina, entre outros. O empreendimento tem segurança reforçada, previsão de instalação para recarga de veículos elétricos e sistema de sensores no hall e corredores.
Localização: Região de Porto Canoa, Serra
Valor: a partir de R$ 152 mil
Realização: Morar Construtora
morar/divulgação
Villa do Mestre
Características: empreendimento com 2 torres de 12 pavimentos cada e 12 apartamentos, totalizando 288 unidades, sendo 144 apartamentos por torre. Unidades de 1 quarto (36,17m²), 2 quartos (45,04m² a 48,15m²) e 2 quartos com suíte (50,16m² e 50,27m²). Edifício com elevadores e garagem com vagas cobertas. Lazer entregue decorado e mobiliado com piscina, salão de festas, churrasqueiras, parquinho, quadra recreativa, horta compartilhada e academia. Vagas exclusivas para bicicletas, motos e visitantes, reaproveitamento de água da chuva e infraestrutura para instalação de circuito interno de TV.
Localização: Jardim Limoeiro, Serra
Valor: a partir de R$ 128 mil
Realização: De Martin Construtora
Martin/Divulgação
Viva Laguna
Características: com unidades com vista para o mar de Manguinhos, o empreendimento conta com opções de 2 quartos com quintal privativo. Também estão disponíveis unidades para pessoas com mobilidade reduzida. A área de lazer inclui salão de festas, playground, pet place, salão de jogos, espaço gourmet, piscinas adulto e infantil, espaço kids, quadra, pomar e bicicletário.
Localização: avenida Desembargador Antônio José Miguel Feu Rosa, Região de Manguinhos, Serra
Valor: a partir de 145 mil
Realização: MRV Engenharia
MRV/Divulgação
Via Mar
Características: com três torres, com elevadores, o empreendimento conta com opções de 1 e 2 quartos. São mais de mil metros quadrados de área de lazer, com piscinas para adultos e crianças, salão de festas, espaço bike com bicicletas compartilhadas cedidas pela construtora, pomar, playground, entre outros. Para a segurança dos moradores, o empreendimento também oferece estrutura completa. Além da fachada de estilo neoclássico, as unidades contam com opções acessíveis para pessoas com necessidades especiais.
Localização: rua das Tâmaras, 40, Lote 01, Quadra SQ-2 (SQ-dois), Loteamento Jardim Laranjeiras, bairro Morada de Laranjeiras, Serra
Valor: a partir de R$ 175.873
Realização: Metron Engenharia
Metron/Divulgação
Residencial Porto D’Aldeia
Características: opções de 2 quartos (44,04m²) ou 2 quartos com quintal. Área de lazer completa com brinquedoteca, área fitness, salão de festas, área de festas externa, playground, churrasqueira e piscinas adulto e infantil. Vagas de garagem cobertas para carros, motos e bicicletas.
Localização: rua Quetzal, esquina com a rua Uirapuru, Novo Horizonte, Serra
Valor: não informado
Realização: Sollido Engenharia
Sollido Engenharia/Divulgação
*preços consultados em maio de 2021
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Primeiro imóvel
Mazzini/Dilvulgação
Edifício 265.Brooklyn
Características: o empreendimento conta com um pavimento de quatro apartamentos no estilo studio com metragens a partir de 55m². As áreas comuns incluem espaços para armazenamento de delivery, piscinas, churrasqueiras, academias, salas de coworking, kidsplay, delivery drone, pub climatizado e decorado, arena de e-sports, sistema de automação residencial e wi-fi nas áreas comuns.
Localização: rua Dr. João Carlos de Souza, 265, Barro Vermelho, Vitória
Valor: não informado
Realização: Mazzini Construtora
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Edifício 265.Brooklyn
Características: o empreendimento conta com um pavimento de quatro apartamentos no estilo studio com metragens a partir de 55m². As áreas comuns incluem espaços para armazenamento de delivery, piscinas, churrasqueiras, academias, salas de coworking, kidsplay, delivery drone, pub climatizado e decorado, arena de e-sports, sistema de automação residencial e wi-fi nas áreas comuns.
Localização: rua Dr. João Carlos de Souza, 265, Barro Vermelho, Vitória
Valor: não informado
Realização: Mazzini Construtora
Funcionais e compactos, os apartamentos de um quarto estão entre os queridinhos dos jovens solteiros e também dos investidores. Os preferidos são aqueles imóveis localizados próximo a comércio e serviços e com ambientes integradas, que aproveitam bem os espaços, no estilo studio.
O diretor da Associação das Empresas do
Mercado Imobiliário do Espírito Santo
(Ademi-ES) Eduardo Fontes destaca que
o mercado absorve bem esse tipo de
empreendimento, que tem como objetivo a
locação para retorno imediato. Segundo ele,
a rentabilidade dessas unidades com aluguel
pode chegar até 0,5% do valor do imóvel.
A arquiteta e conselheira do Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Espírito Santo (CAU-ES) Carol Zamboni destaca que as metragens reduzidas dos apartamentos de um quarto são um facilitador para jovens que vão adquirir ou alugar o primeiro imóvel.
“Atualmente, muitos clientes têm procurado esse tipo de unidade por serem mais fáceis de mobiliar e com potencial para se tornarem funcionais e aconchegantes. Assim, muitos optam por transformar esses imóveis menores em ambientes abertos e integrados”, explica Carol.
Voltados para o público jovem, esses empreendimentos oferecem ainda estrutura de lavanderia, espaço para animais de estimação, lounge para café e leitura e ambientes de coworking com wi-fi.
A analista de marketing da Javé Construtora, Fernanda Vasconcellos, explica que os lançamentos já são pensados para estudantes e, por isso, primam também pela localização próxima a faculdades e universidades.
“Incluímos um sistema de bike sharing (compartilhamento de bicicletas) em um dos nossos empreendimentos, localizado bem próximo a Universidade Vila Velha (UVV). A ideia foi voltada para a mobilidade dos estudantes já que o público para essas unidades realmente é mais jovem”, destaca Fernanda.
O diretor de Indústria Imobiliária do Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado do Espírito Santo (Sinduscon-ES), Leandro Lorenzon, destaca outros pontos atrativos desse tipo de imóvel. “A grande vantagem é o baixo custo, seja como locação ou financiamento. O valor de manutenção, devido ao tamanho reduzido, também acaba sendo menor, o que gera redução do IPTU, condomínio, contas de água e energia e gastos com limpeza”, pontua. network_cell
North Village Proeng Home
Características: apartamentos 1 quarto. Lazer com coworking sala de reunião, lounge café, leitura, espaço gourmet, salão de festas, pub, espaço zen, piscina, deque molhado, ducha, área de lazer descoberta, churrasqueira e espaço pet.
Localização: Jardim da Penha, Vitória
Valor: não divulgado
Realização: Proeng
Proeng/Divulgação
Rowena Up
Características: uma torre com 101 unidades . Há opções
de 2 quartos (55m²), 1 quarto (45m²) e loft (39m²). Uma
vaga de garagem. Lazer e serviço com bicicletário, fitness,
pub gourmet lounge descoberto, sala de reunião e delivery.
Apartamentos entregues montados com armários,
ar-condicionado e itens de banheiro.
Localização: Jardim Camburi, Vitória
Valor: a partir de R$ 275 mil
Realização: Impacto Engenharia
Impacto/Divulgação
Villa do Mestre
Características: empreendimento com 2 torres de
12 pavimentos cada e 12 apartamentos, totalizando
288 unidades, sendo 144 unidades por torre. As unidades de 1 quarto possuem 36,17m². Lazer entregue decorado e mobiliado com piscina, salão de festas, churrasqueiras, parquinho, quadra recreativa, horta compartilhada e academia, paisagismo. Vagas exclusivas para bicicletas, motos e visitantes, reaproveitamento de água da chuva e infraestrutura para instalação de circuito interno de TV.
Localização: Jardim Limoeiro, Serra
Valor: a partir de R$ 128 mil
Realização: De Martin Construtora
De Martin/Divulgação
San Pietro
Características: opções de 1 quarto com 33m².
As unidades também incluem hall de entrada, bicicletário,
espaço gourmet, cine gourmet, espaço funcional, sauna,
spa, espaço relax, praça jardim vertical e gourmet externo.
Localização: rua Neves Armond, Praia do Suá, Vitória.
Valor: a partir de R$ 289.381
Realização: Metron
metron/Divulgação
Vogue Enseada
Características: opções de unidades de 1 quarto com 42m² entregues montadas e decoradas. Ampla área de lazer com piscina, solarium, espaço grill, espaço gourmet com lounge integrado e área fitness entregues montadoss e decorados.
Localização: Praia de Santa Helena
(Próximo a Praça do Cauê), Vitória
Valor: a partir de R$ 384.030
Realização: Metron
metron/Divulgação
*preços consultados em maio de 2021
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Primeiro imóvel
Grand/Divulgação
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Liderando a demanda do mercado, estão os apartamentos de dois quartos. Mas engana-se quem pensa que as unidades com dois dormitórios são todas iguais. De olho no público diverso que busca esse tipo de imóveis, as construtoras desenvolvem plantas com diferentes configurações e tamanhos, para caber em todos os bolsos.
“Essas são as unidades em maior produção na Grande Vitória, atualmente. Até porque, geralmente, trata-se do primeiro imóvel ou unidades habitacionais presentes nas faixas 2 e 3 do programa Casa Verde e Amarela”, comenta o presidente da Associação das Empresas do Mercado Imobiliário do Espírito Santo (Ademi-ES), Sandro Carlesso.
O diretor do Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado do Espírito Santo (Sinduscon-ES) Sandro Pretti acrescenta que, como, em geral, os apartamentos de dois quartos são a primeira moradia, no futuro, esses imóveis viram moeda de giro.
Ele também explica que o perfil principal dos compradores são os recém-casados. Com o passar do tempo e o crescimento da família, mudar para um apartamento maior, de três quartos, acaba sendo um processo natural.
“A variedade de tamanhos e a liquidez dos empreendimentos são atrativos para quem procura investir nesse tipo de imóvel. Muitos compram essas unidades para alugar já que o valor agregado é menor e tem um retorno financeiro de locação bem maior”, comenta Pretti.
O gerente de vendas da Morar Construtora, Rones Amâncio, destaca que apartamentos de dois quartos se encaixam facilmente nas necessidades de diferentes compradores, o que contribui para o sucesso de vendas e valorização.
“Temos uma demanda muito interessante para esse tipo de produto porque, geralmente, é puxada pelos casais jovens, em busca do primeiro imóvel. Além disso, é possível fechar uma compra dentro do programa Casa Verde e Amarela para unidades com essa tipologia, que tem facilidades de financiamento”, afirma Amâncio.
TENDÊNCIAS
Mas diante da variedade de opções, antes de fechar negócio, é preciso confirmar se a estrutura do empreendimento é compatível com as necessidades do comprador. Localização, padrão da construtora e as opções de lazer ofertadas devem ser analisados.
O arquiteto e conselheiro do Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Espírito Santo (CAU-ES) Hélio Honorato destaca que, quando se começa a montar um apartamento do zero, há mais liberdade. Mas se a pessoa já possui mobília, então é importante avaliar as características da planta e as metragens.
“Na hora de escolher o imóvel, é preciso pensar se o guarda-roupa e a cama vão caber no quarto, assim como os outros móveis. O modo de ocupar os ambientes é determinante porque ele precisa ser equalizado”, indica.
Além disso, ele comenta que também é interessante observar as instalações de água quente e gás, além de boa ventilação cruzada e espaços com preparação para ar-condicionado.
Já o gerente comercial da Épura Construtora, Fabiano Martins, aponta que a procura por condomínios que tenham home office está alta, já que, com a pandemia, muitas pessoas seguem trabalhando de casa, o que antes não era tão comum.
Ele explica que os novos lançamentos da construtora já foram concebidos no meio do processo de quarentena. Dessa forma, têm o objetivo de desenvolver e valorizar áreas de convivência, já que isso contribui para que as pessoas consigam ter lazer sem sair de casa.
“Estamos realizando grandes adaptações de planta e de áreas comuns para atender às novas demandas do mercado que surgiram com a pandemia. Nossos lançamentos já contam com espaços de home office nas áreas comuns e lavanderias, por exemplo”, afirma Martins. network_cell
Vista Jardim Condomínio-Clube
Características: 2 quartos ou 2 quartos com suíte. Além da
estrutura completa de segurança, como guarita 24 horas
e circuito fechado de TV, também inclui área de lazer com
piscina adulto e infantil, salão de festa aberto e fechado,
horta compartilhada e sistema de compartilhamento de
bicicletas e entre outros.
Localização: Jardim Limoeiro, Serra
Valor: a partir de R$ 152.595
Realização: Morar Construtora
Morar/Divulgação
Vista de Pitanga Condomínio-Clube
Características: 2 quartos ou 2 quartos com suíte. Além da
estrutura completa de segurança, como guarita 24 horas
e circuito fechado de TV, também inclui área de lazer com
piscina adulto e infantil, salão de festa aberto e fechado,
horta compartilhada e sistema de compartilhamento de
bicicletas e entre outros.
Localização: Porto Canoa, Serra
Valor: a partir de R$ 169.388,22
Realização: Morar Construtora
Morar/Divulgação
Grasselli Engenharia/Divulgação
Edifício Palazzo Veneto
Características: opções de 2 quartos com suíte e até duas
vagas de garagem. As unidades contam com áreas privativas
de 60m² até 182m². A área de lazer conta com espaço
gourmet, mini quadra, piscina, espaço delivery, home office,
churrasqueira, academia e sauna.
Localização: Bento Ferreira, Vitória
Valor: a partir de R$ 440 mil
Realização: Grasselli Engenharia
Grand Suá Tower
Características: uma torre de 25 andares com todos
os apartamentos de frente e vista para a Baía de Vitória
e Convento da Penha. São 2 quartos, sendo 1 suíte e
3 apartamentos por andar. Apartamentos com 70m². Lazer
completo e mobiliado com piscina, espaço gourmet, sauna,
quadra, playground e academia no topo da torre.
Localização: rua Almirante Tamandaré na esquina com
Rua Ferreira Coelho, Praia do Suá, Vitória
Valor: a partir de R$ 545 mil
Realização: Grand Construtora
Grand/Divulgação
Red Design Residence
Características: são unidades de 2 quartos em até 75m²
e taxa de condomínio reduzida. O empreendimento ainda
inclui automação residencial, solarium, sauna, piscina, espaço
gourmet, bike sharing, espaço zen garden, solarium,
wi-fi zone na área de lazer comum e entre outros itens.
Localização: Barro Vermelho, Vitória
Valor: não informado
Realização: Sólida Empreendimentos
Sólida/Divulgação
iU.01
Características: 64 apartamentos de 2 quartos com suíte
com áreas privativas de 56m² e 60m². Todos apartamentos
entregues com triturador de alimentos, cooktop e fechadura
eletrônica. Área de lazer, delivery point, coworking, sala de
reunião, pet wash, locker individual para cada apartamento
na garagem.
Localização: Jardim Camburi, Vitória
Valor: a partir de R$ 380 mil
Realização: iUrban
iUrban/Divulgação
Liberty 205
Características: com 2 torres, o empreendimento conta
com 120 apartamentos, com opções de 2 e 3 quartos com
suíte. A área de lazer inclui playground, pergolado, espaço
gourmet, espaço teen, salão de festas, lab, cross training,
espaço família, deque, piscina aquecida com extensão de
raia de 22m, espaço zen, lavanderia, sauna e espaço
delivery para recebimento de encomendas e compras.
Localização: rua Maria de Oliveira Maresguia, 205,
Praia de Itaparica, Vila Velha
Valor: não informado
Realização: Construtora Épura
Épura/Divulgação
*preços consultados em maio de 2021
39
Mais espaço
Com as famílias ficando menores, o imóvel de três ou quatro quartos passou a ser um item com menor demanda no mercado imobiliário. No entanto, a mudança de cenário produzida pela pandemia do novo coronavírus jogou uma nova luz sobre as unidades de três quartos, que voltaram para os holofotes.
Com a popularização do regime de trabalho home office, ter um cômodo a mais na casa para transformar em escritório tornou-se item de desejo. O ambiente extra pode ganhar ainda outra utilidade e se transformar em um closet.
“O terceiro quarto, para as famílias atuais, acaba se tornando um item de conforto, como a possibilidade de montar um home office para quem está buscando se adequar às mudanças trazidas com a pandemia. Imóveis com espaços a mais estão com uma demanda maior neste período”, avalia o diretor de Economia e Estatística do Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado do Espírito Santo (Sinduscon-ES), Eduardo Borges.
Ele acrescenta que, seja compacto ou mais amplo, o imóvel de três quartos está em alta. “Em regiões mais nobres, é mais comum vermos apartamentos de três quartos mais amplos, na faixa de 110m² a 115m², enquanto que os compactos, que ficam em torno de 63 m², estão localizados em bairros de médio padrão. Ambos têm tido grande procura, o que vai depender mesmo é do perfil do comprador”.
Para o presidente do Conselho Regional de Corretores de Imóveis da 13ª Região (Creci-ES), Aurélio Cápua Dallapícula, a tendência do mercado é que tenham mais unidades compactas, por conta da predominância do perfil das famílias. “As famílias de hoje não estão tão grandes, portanto, os mais compactos tendem a ser mais procurados”, disse.
FINANCIAMENTO
Dallapícula observa que a alta na procura pelos imóveis de três quartos também tem origem nas condições de financiamento. “Por causa da pandemia, quem tem um imóvel de dois quartos quer se mudar para um de três dormitórios. E o momento está propício para adquirir um imóvel novo, por conta dos juros baixos. Há instituições, inclusive, que estão com prestações fixas, portanto, este é um momento para aproveitar oportunidades”, afirma.
O supervisor comercial da Galwan, Júnior Pereira, também confirma a alta procura por esse padrão de imóvel, que é o produto mais buscado pelos clientes da empresa. “A localização e o lazer são quesitos importantes para esse tipo de empreendimento, por isso buscamos sempre locais nobres e projetos que tenham amplo lazer, com muitos itens, que atendam a todas as faixas de idade”, afirma.
A busca por áreas mais amplas, inclusive no lazer, tem sido uma tendência registrada por Pereira, além da necessidade de ter um espaço para o escritório dentro de casa ou mesmo nas áreas comuns do condomínio. “Essa é a realidade para o atual momento em que estamos. Tanto que um dos nossos lançamento que tem três quartos, o Professor Pignaton, em Vitória, já está com quase 80% das unidades vendidas”, disse. network_cell
Residencial Professor Pignaton
Características: unidades de 3 quartos, com 99,70m² e duas
vagas de garagem. Lazer completo e equipado com itens
como salão multiuso, brinquedoteca, espaço fitness, sala de
repouso, quadra recreativa descoberta, piscina e playground.
Fica próximo a centros comerciais, lojas, restaurantes, escolas,
padarias, supermercados, farmácias e lanchonetes.
Localização: Santa Lúcia, Vitória
Valor: a partir de R$ 722.096,31
Realização: Galwan
Galwan/Divulgação
Palazzo Milano
Características: são 50 unidades de 3 quartos com suíte
master e dois reversíveis com áreas privativas de 101m² até
329m² e duas vagas de garagem. Lazer com espaço gourmet,
churrasqueira, piscina, sauna, academia. Espaço delivery
e home office.
Localização: Bento Ferreira, Vitória
Valor: Não informado
Realização: Grasselli Engenharia
Grasselli Engenharia/Divulgação
Bella Vita
Características: empreendimento com 2 e 3 quartos com
áreas privativas de 44m² e 53m², totalizando 198 unidades.
Uma vaga de garagem. Lazer com piscina adulto e infantil,
duas churrasqueiras, área kids com playground, quadra
esportiva e bicicletário. Áreas comuns entregues mobiliadas
e decoradas.
Localização: Morada de Santa Fé, Cariacica
Valor: não divulgado
Realização: Épura
Épura/Divulgação
Contemporâneo Residence
Características: duas torres com unidades de 2 e 3 quartos
com garagem coberta. Edifício conta com unidades de
55,09m² a 79,15m² prontas para morar. No lazer, há salão
de festas, área gourmet, área fitness, sauna com repouso,
brinquedoteca, quadra de esportes, churrasqueira, lounge,
solarium, piscina adulto e infantil, praça das mães
e playground.
Localização: Parque Residencial Laranjeiras, Serra
Valor: não informado
Realização: CG Engenharia
CG Engenharia/Divulgação
AM 100, Edifício Alice Madeira
Características: dividido em dois blocos (A e B), de quatro
andares, o empreendimento terá apartamentos de 2 ou
3 quartos, com unidades de 171m² a 67m² . A área de lazer na
cobertura conta com espaço gourmet, churrasqueira, salão
de festas, brinquedoteca, deque com solarium, piscina,
academia, sauna e área de ducha.
Localização: Jardim Camburi, Vitória
Valor: não informado
Realização: CG Engenharia
CG Engenharia/Divulgação
Itaparica ON
Características: unidades de 2 quartos (54,29 m² a 61,01m²)
e uma vaga de garagem e de 3 quartos (83,15 m²) com
duas vagas de garagem.
Localização: Itaparica, Vila Velha
Valor: a partir de R$ 335.462,61
Realização: Casamorada Construtora
Casamorada/ Divulgação
Felicittà Barra
Características: unidades de 2 quartos com suíte (51,11m²) e
de 3 quartos com suíte (61,35m²), com uma vaga de garagem.
Lazer com quadra poliesportiva, piscinas adulto e infantil,
playground, salão de festas e churrasqueiras.
Localização: Santa Paula, Vila Velha
Valor: a partir de R$ 259.900
Realização: Città Engenharia
Città/Divulgação
Arpoador Residence
Características: unidades de 2 e 3 quartos, totalizando
168 apartamentos, com áreas privativas de 58,26m² a 77,35m².
Lazer com miniquadra poliesportiva, salão de festas com
estrutura para climatização e cozinha gourmet, dois espaços
gourmet com churrasqueiras, forno de pizza, fogão a lenha e
máquina de gelo, fitness center, lounge família, espaço kids,
oficina de bike, espaço pet, piscina semiolímpica, sauna
e duchas, lavabos e banheiros.
Localização: Praia de Itaparica, Vila Velha
Valor: não divulgado
Realização: ICA Construtora
ICA Construtora/Divulgação
Bellagio
Características: unidades de 3 quartos com suíte com
plantas de 85,58m² e 86,08m² e duas vagas de garagem.
São 11 andares e quatro apartamentos por pavimento.
Lazer no pilotis com piscina, sauna, churrasqueira, salão
de festas com espaço gourmet. Portaria entregue mobiliada.
Localização: Praia de Itapuã, Vila Velha
Valor: a partir de R$ 515 mil
Realização: Barbosa Barros
Barbosa Barros/Divulgação
Ilha de Okinawa Residence
Características: o empreendimento terá 177 apartamentos,
de 2 e 3 quartos com suíte, área privativa entre 57m² e
125m², e seis lojas no térreo. Opções de plantas com terraço,
piscina privativa e churrasqueira, além de cobertura duplex.
Todas com uma ou duas vagas de garagem. Lazer entregue
montado e decorado com piscinas adulto e infantil, solarium,
lounge piscina, sauna, fitness, salão de festas, brinquedoteca,
espaço gourmet, churrasqueira grill, miniquadra, playkids,
jardim sensorial e terraço gourmet, espaço pet,
guarda-entregas refrigerado, home office, beach point,
self-store, delivery point, bike sharing e espaço maker.
Localização: Praia de Itaparica, Vila Velha
Preço: a partir de R$ 319.900
Realização: Kemp Engenharia
Kemp Engenharia/Divulgação
Golden Barro Vermelho
Características: edifício com 14 pavimentos e
66 apartamentos de 3 quartos com suíte, com áreas de 86m²
a 100m². Lazer com mais de 1.000m², com piscina adulto e
infantil, solarium, playground, quadra recreativa, alameda
teen, espaço grill, espaço gourmet, salão de festas, lounge,
churrasqueira, academia, brinquedoteca e espaço pet. Todos
os ambientes entregues montados e decorados. Bicicletário,
free tools com ferramentas compartilhadas para uso nas
áreas comuns, guarda-entregas e estacionamento com vagas
de garagem para visitantes, idosos ou cadeirantes.
Localização: Barro Vermelho, Vitória
Valor: a partir de R$ 776.195
Realização: Metron
Metron/Divulgação
Village Guarani
Características: apartamentos de 2 quartos até 66,58m²
e 3 quartos até 85,06m², todos com suíte e até duas vagas
de garagem. Área de lazer entregue mobiliada e decorada
com duas churrasqueiras independentes, spa, sauna, salão de
festas, espaço gourmet, salão de jogos, fitness, piscina adulta
e infantil, deque, brinquedoteca, lounge e praça externa.
Infraestrutura para climatização e automação de todas as
unidades, além da adoção de estratégias para redução de
consumo de energia e água.
Localização: Praia de Itaparica, Vila Velha
Valor: a partir de R$ 369 mil
Realização: Brasiles
Brasiles/Divulgação
Alameda Mata Atlântica
Características: unidades de 3 quartos com suíte, seis opções de plantas diferenciadas, com área privativa de 78m², com uma ou duas vagas de garagem. Infraestrutura para varanda gourmet e ar-condicionado tipo split nos apartamentos. Preparação para automação residencial com pontos de tomada USB nas unidades. Lojas no térreo com vagas de garagem e gás encanado. Lazer entregue mobiliado com salão de festas, solarium, brinquedoteca, fitness, espaço wine e parrilheira, piscina com deck, playground e terraço descoberto.
Localização: Jardim Camburi, Vitória
Valor: a partir de R$ 574 mil
Realização: Construtora e Incorporadora Araguaia
Construtora Araguaia/Divulgação
*preços consultados em maio de 2021
40
luxo
Javé/Divulgação
Signature
Características: unidades de 3 suítes com área privativa de 100m² a 196m² e preparação para varanda gourmet. Infraestrutura para instalação de videomonitoramento nas áreas comuns, fechadura biométrica nos apartamentos e preparação para carregamento de veículos elétricos (1 ponto por apartamento). Lazer com piscina com deque molhado, solaruim, gourmet pizza & grill, espaço gourmet, salão de festas, game room, espaço kids, playground, quadra recreativa, academia e sauna com repouso.
Localização: Praia do Canto, Vitória
Valor: a partir de R$ 1,6 milhão
Realização: Javé Construtora
42
Signature
Características: unidades de 3 suítes com área privativa de 100m² a 196m² e preparação para varanda gourmet. Infraestrutura para instalação de videomonitoramento nas áreas comuns, fechadura biométrica nos apartamentos e preparação para carregamento de veículos elétricos (1 ponto por apartamento). Lazer com piscina com deque molhado, solaruim, gourmet pizza & grill, espaço gourmet, salão de festas, game room, espaço kids, playground, quadra recreativa, academia e sauna com repouso.
Localização: Praia do Canto, Vitória
Valor: a partir de R$ 1,6 milhão
Realização: Javé Construtora
Se existe um segmento do mercado imobiliário no Espírito Santo que não tem sentido as oscilações da economia e nem mesmo foi afetado pela crise de 2015, é o de imóveis de alto padrão. Além de resistir aos momentos adversos, empreendimentos que prezam pela exclusividade, localização privilegiada, tecnologia e qualidade no acabamento ainda têm acompanhado o movimento atual de aquecimento do mercado durante a pandemia.
Segundo o vice-presidente da Associação das Empresas do Mercado Imobiliário do Espírito Santo (Ademi-ES), Moacyr Brotas Netto, os juros baixos e a redução das aplicações ajudaram também a alavancar ainda mais esse nicho, que não passou pela baixa nos lançamentos e que agora acompanha o bom momento do setor.
“Os empreendimentos de alto padrão têm ganhado bastante força dentro do portfólio das empresas. São produtos com acabamento diferenciado, diversidade de projetos e que contemplam endereços que são bastante procurados, seja perto da praia ou junto à natureza. O mercado imobiliário, desde o ano passado, já vinha em um momento positivo, e isso também impactou o segmento de luxo”, observa Brotas.
A analista de marketing da Javé Construtora, Fernanda Vasconcellos, confirma o aumento da procura por esse tipo de imóvel. Ela observa que as pessoas estão buscando por espaços maiores e mais confortáveis, pois estão passando mais tempo dentro de casa.
“Os pais trabalham de forma remota, e os filhos estudam a distância, então a demanda cresceu devido à necessidade de ambientes mais funcionais. O olhar para dentro de casa também mudou, o que não incomodava antes passou a preocupar os moradores de empreendimentos menores. Também acredito que a redução das taxas de juros influenciou fortemente. Mesmo quem não tem o dinheiro total, pode dar o atual apartamento de entrada e financiar o resto”, pontua.
LANÇAMENTOS
O segmento de imóveis de luxo também destaca-se pelos lançamentos ininterruptos, sem ficar longos períodos com poucas novidades, como ficou boa parte do mercado, até o primeiro semestre do ano passado.
Segundo o diretor do Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado do Espírito Santo (Sinduscon-ES) Leandro Lorenzon os lançamentos continuam. “Quem adquire um imóvel de alto padrão já possui uma reserva econômica, o que faz com que esse tipo de imóvel, tipicamente, não seja atingido por crises”, analisa.
Mas engana-se quem pensa que é o tamanho da área privativa e a quantidade de quartos que classificam um imóvel como alto padrão. Existem unidades de dois quartos e até mesmo lofts nessa categoria. O que determina, segundo Lorenzon, é uma série de outros fatores, como localização, acabamentos de alta qualidade e o projeto em si, que permite a personalização para o estilo de vida do futuro morador.
“As pessoas buscam, em um empreendimento de alto padrão, acabamentos nobres, boa durabilidade, execução, zelo e atenção aos detalhes. Além disso, uma área comum bem equipada, com soluções para adaptar ao estilo de vida de seus moradores, e ainda tecnologia incorporada ao padrão construtivo”, elenca.
Um exemplo de imóvel nesse perfil é o próximo lançamento da Galwan, o Jazz Residence, condomínio com duas torres residenciais e apartamentos de até 161m², sendo quartos com três suítes, localizado a 100 metros da praia de Itapuã, em Vila Velha. Pela proximidade com a praia e o tamanho do terreno, que comportará duas torres e uma área de lazer ampla, o empreendimento tem sido bastante procurado, antes mesmo do lançamento, conta o diretor-presidente da Galwan, José Luís Galvêas Loureiro.
“Ainda nem lançamos e já temos mais de 400 pessoas inscritas para conhecerem melhor o projeto. Isso significa que há um grande interesse pelo local. A pessoa passa em frente, vê o telefone no tapume e entra em contato. Estamos muito otimistas com o interesse que estamos despertando. Os apartamentos são espaçosos e a área é nobre, perto de shoppings, restaurantes, padarias, supermercados”, disse Galvêas.
BAIRROS
Segundo Lorenzon, as regiões consolidadas na Grande Vitória estão entre os bairros mais procurados para imóveis de alto padrão. Ou seja, normalmente o mercado não busca “desbravar” novas áreas, mas podem ocorrer exceções, como é o caso do bairro Costa Nova, em Vila Velha, que irá abrigar um projeto com imóveis de alto padrão.
Pela localização, os bairros que continuam em destaque são os que tradicionalmente estão entre os mais procurados da Grande Vitória e que têm cada vez menos terrenos disponíveis. Jardim da Penha, Praia do Canto, as ilhas do Boi e do Frade, Jardim Camburi e Enseada do Suá, em Vitória. Em Vila Velha, estão a Praia da Costa, Itapuã e Praia de Itaparica.
“Já na Serra, o predomínio é de condomínios horizontais, como o Alphaville e Boulevard Lagoa. O Alto Dona Augusta, em Cariacica, tem dado destaque para esse tipo de empreendimento, além de bairros nas regiões de Linhares, Guarapari, Colatina e Cachoeiro”, aponta o diretor do Sinduscon-ES.
O vice-presidente da Ademi-ES complementa a lista com outras localidades que estão sendo muito procuradas para novos empreendimentos de alto padrão, como Pedra Azul e Santa Teresa, na região de montanhas do Estado. Na região de praias, figuram Guarapari, e ao Norte, Guriri,
em São Mateus. network_cell
luxo
Jazz Residence
Características: condomínio com duas torres residenciais e apartamentos de 2, 3 e 4 quartos com 3 suítes. A Torre New York tem apartamentos de 3 e 4 quartos com áreas privativas de 107,70m² a 161m². Já a Torre New Orleans oferece apartamentos de 2, 3 e 4 quartos, de 84m² a 158m². Energia solar para as áreas comuns e infraestrutura para cabeamento estruturado, depósito para guardar itens de entrega e loja virtual interna para o condomínio, bicicletário e home office na área comum. Lazer com pomar, salão gourmet, pub, espaço dos jovens, brinquedoteca, playground, quadra recreativa descoberta, churrasqueiras, sala de repouso, sauna, fitness, cinema, espaço multiuso e piscinas adulto e infantil.
Localização: Itapoã, Vila Velha
Valor: não informado
Realização: Galwan
Galwan/ Divulgação
The View
Características: empreendimento com 12 pavimentos de até duas unidades por andar, totalizando 26 apartamentos de 4 suítes, com área privativa de até 223,81m². Apartamentos com até cinco vagas de garagem. Lazer com brinquedoteca, espaço gourmet & grill, copa, fitness, beach lounge, piscina adulto descoberta, playground, quadra, salão de festas, varanda gourmet, sala de espera para motoristas, sala de entrega de encomendas refrigerada e estação para carregar carros elétricos.
Localização: avenida Dante Michelini, Vitória
Valor: Não informado
Realização: Nazca e Abaurre
Nazca e Abaurre/ Divulgação
Ventanas Praia do Canto
Características: unidades de 3 quartos com suíte com área
privativa de 110m². Varanda gourmet com bancada, pontos
de água, esgoto e elétrico, automação de persianas, tomadas
USB nos apartamentos e fechadura biométrica na entrada.
Aproveitamento de águas pluviais e dos aparelhos de
ar-condicionado, preparação para monitoramento por
câmeras e carregamento de veículos elétricos. Lazer com
salão de festas, clube lounge, espaço gourmet, gourmet grill,
espaço kids, piscina com deque molhado, solarium,
quadra recreativa, fitness, pet place.
Localização: Praia do Canto, Vitória
Valor: a partir de R$ 1,4 milhão
Realização: Nazca e Abaurre
Nazca e Abaurre/ Divulgação
Javé/Divulgação
Mares da Costa
Características: três torres com unidades de 4 quartos
com até 4 suítes e área privativa de 110m² a 253m².
Lazer independente na cobertura, com brinquedoteca,
churrasqueira, espaço gourmet, solarium, salão de festas,
playground, salão de jogos, bicicletário, piscinas adulto
e infantil e sauna.
Localização: Praia da Costa, Vila Velha
Valor: a partir de R$ 1,6 milhão
Realização: Javé Construtora
Landscape
Características: 42 apartamentos, com 4 suítes
e 2 elevadores privativos com área de 171m².
Área de lazer com piscina, quadra recreativa, playground,
brinquedoteca, salão de festas, espaço gourmet grill
e pizza, um irish pub e academia.
Localização: Enseada do Suá, Vitória
Valor: preço sob consulta
Realização: Metron
Metron/Divulgação
New Jersey Residence
Características: 72 apartamentos de 3 quartos com suíte. Lazer com pub bar, salão de festas, espaço gourmet, piscina com deque molhado, solarium, brinquedoteca, fitness center, sala de reunião, coworking. O empreendimento terá ainda espaços compartilhados como pet place, bike point, bike repair, convenience service, lounge café, espaço concierge, scooter sharing e beach point.
Localização: Praia de Itaparica, Vila Velha
Valor: não informado
Realização: Proeng
Proeng/Divulgação
Joaquim Lírio 333
Características: 24 unidades de 166,20m², sendo duas por andar com 4 suítes. Lazer com salão de festas, gourmet grill, club lounge gourmet, piscinas infantil e adulto com raia de 25 metros, deque molhado, solarium, academia by life fitness, sauna com repouso, quadra poliesportiva, espaço kids, playground. Além disso, o empreendimento terá conveniências como: bike point, espaço de compartilhamento, delivery box, lava-patas e gerador de emergência para a área comum e os elevadores.
Localização: Praia do Canto, Vitória
Valor: não divulgado
Realização: Grupo Incospal e RS Construtora
Incospal e RS/ Divulgação
Impacto/ Divulgação
Gran Reserva
Características: duas torres com 112 unidades. Há opções de 4 quartos com suíte (32 unidades), 3 quartos com suíte (64 unidades) e 3 quartos com 3 suítes (16 unidades). Área privativa residencial varia de 88m² (3 quartos) a 106m² (4 quartos) e são duas ou três vagas de garagem. Lazer com piscina, churrasqueira, fitness, espaço gourmet, salão de festas, brinquedoteca, playground, bike sharing, sports wash, lazer descoberto (entregue montado e decorado) e área verde com 800m² dentro do terreno. Obras avançadas com entrega prevista para setembro de 2022.
Localização: Jardim Camburi, Vitória
Valor: a partir de R$ 645 mil
Realização: Impacto Engenharia
Javé/ Divulgação
Praia do Espelho
Características: unidades de 4 suítes com três ou quatro e área privativa de 163,20m² a 321m². Três ou quatro vagas de garagem com ponto de recarga para carros elétricos. Lazer na cobertura entregue montado com espaço kids, espaço gourmet, piscina adulto e infantil acessíveis, churrasqueira e espaço pizza, espaço fitness, espaço lual, game club, sauna com acesso direto à piscina.
Localização: Bacutia, Guarapari
Valor: a partir de R$ 1,6 milhão
Realização: Javé Construtora
Condomínio Costa Mare
Características: 120 apartamentos de quatro suítes, com até 188 m² e três vagas de garagem, 6 coberturas com metragens de até 342m² com seis ou sete vagas. Duas torres com 60 unidades cada e três apartamentos por andar. Lazer com piscina adulto e infantil, deque, bangalôs, playground, jogos teen, salão de festas jovem, quadra recreativa, quadra de tênis, salão de festas adulto, jogos adultos gourmet, vinho churrasqueira, gourmet burger, pet park, cine kids teen, brinquedoteca, fitness, entre outros.
Localização: Itaparica, Vila Velha
Valor: a partir de R$ 1,2 milhão
Realização: Opportunity Fundo de Investimento Imobiliário e Impacto Engenharia
Impacto/ Divulgação
*preços consultados em maio de 2021
44
Qualidade de vida
Reserva da Praia
Características: condomínio de lotes de uso residencial, constituído por 165 unidades com áreas de 400m² a 1,1mil m². Área total do empreendimento será de 171 mil m², com estrutura completa, entregue montada e decorada, que inclui ala náutica com guarderia, ambiente de spa, salão de jogos, quadras de tênis, brinquedoteca, entre outros itens de lazer e entretenimento distribuídos em uma área com mais de 7 mil m². Paisagismo assinado por Benedito Abbud, projeto arquitetônico de Kennedy Vianna e decoração das áreas sociais de Vivian Coser.
Localização: Praia da Cerca, Guarapari
Valor: não divulgado
Realização: MZI, Empar e Incospal,
sob a gestão da Metron Engenharia
46
Reserva da Praia
Características: condomínio de lotes de uso residencial, constituído por 165 unidades com áreas de 400m² a 1,1mil m². Área total do empreendimento será de 171 mil m², com estrutura completa, entregue montada e decorada, que inclui ala náutica com guarderia, ambiente de spa, salão de jogos, quadras de tênis, brinquedoteca, entre outros itens de lazer e entretenimento distribuídos em uma área com mais de 7 mil m². Paisagismo assinado por Benedito Abbud, projeto arquitetônico de Kennedy Vianna e decoração das áreas sociais de Vivian Coser.
Localização: Praia da Cerca, Guarapari
Valor: não divulgado
Realização: MZI, Empar e Incospal,
sob a gestão da Metron Engenharia
Alphaville Jacuhy
Características: até o final do ano será lançada a quinta fase
do condomínio, com 495 terrenos a partir de 450m². O local
já se tornou um bairro com cerca de 200 famílias. Até 2023,
esse total deve chegar a 750 famílias. O condomínio cercado
de verde oferece clube com 34 mil m² de lazer, incluindo
quadras, piscina aquecida, academia, restaurante, e tem
um centro comercial com lojas e serviços.
Localização: na Serra, a 3 km do posto Tims, com acesso
pela Rodovia do Contorno
Valor: a partir de R$ 750 mil.
Realização: Alphaville Urbanismo
Divulgação
Alphaville Três Praias
Características: o condomínio de luxo de frente para o mar,
esgotou rápido e hoje tem lotes com área média de 600m²
para revenda. Até o final do semestre, será lançada uma nova
etapa do empreendimento, com mais 58 lotes. Oferece clube
de lazer com acesso à praia, além de redário, horta, pomar,
pet place e trilha ecológica.
Localização: Três Praias, Guarapari
Valor: a partir de R$ 600 mil
Realização: Alphaville Urbanismo
Divulgação
Reserva Amary
Características: são 235 lotes, com área média de 420m²
a 900m², em condomínio com portaria, segurança, câmeras,
infraestrutura de água, rede de esgoto, energia elétrica e
cabeamento de internet, em região rodeada por uma lagoa.
São 43 mil m² de lazer, com clube privativo e acesso à praia
de Peracanga. A primeira fase já teve 80% dos terrenos
vendidos e a segunda fase será lançada em 2022.
Localização: Enseada Azul, em Guarapari
Valor: não informado
Realização: Grupo Macafé
Divulgação
Boulevard Lagoa Residence e Resort
Características: terrenos a partir de 450m², totalizando
734 unidades, com sistema eletrônico de vigilância 24h e
arborização. Lazer com piscina adulto com prainha e bar,
piscina infantil com brinquedos, sport center com piscina
semiolímpica coberta e aquecida, fitness, restaurante e
american bar, espaço mulher com ofurô, spa, saunas e salas
de repouso, espaço gourmet, sala de cinema, entre outros.
Localização: entre Laranjeiras e Manguinhos, Serra
Valor: não divulgado
Realização: Cristal Empreendimentos
Divulgação
Boulevard Mar D’ulé
Residence & Resort
Características: terrenos a partir de 300m², totalizando
257 unidades. Portaria com segurança 24h, deque sobre a
lagoa, cercado por uma área de preservação de 65 mil m²
e micro-ônibus para estudantes. Lazer com salão de festa,
espaço gourmet, sauna, espaço luau, playground, quadra de
tênis, vôlei de areia, piscinas adulto e infantil, entre outros.
Localização: Praia D’Ulé, Guarapari
Valor: não divulgado
Realização: Cristal Empreendimentos
Divulgação
Bella Viana II
Características: lotes a partir de 300m² em uma área
total de 161,6 mil m². Infraestrutura com terraplenagem,
pavimentação, drenagem pluvial, rede de água e esgoto,
paisagismo e iluminação. Total de 266 unidades.
Localização: Marcílio de Noronha, Viana
Valor: não informado
Realização: Lotes CBL
Divulgação
Palm Garden
Características: loteamento com 278 unidades a partir
de 300m². Infraestrutura com terraplenagem, pavimentação,
drenagem pluvial, rede de água e esgoto, paisagismo e
iluminação. O empreendimento está localizado a 400 metros
da praia e próximo de grandes empresas como Jurong,
Suzano e Imetame.Terrenos da parte mais alta têm
vista do mar.
Localização: Praia Grande, Fundão
Valor: não divulgado
Realização: Lotes CBL
Capubaville
Características: loteamento com áreas a partir de 252m²
de frente para ao mar, com estrutura de água, energia,
iluminação pública, rede de esgoto, pavimentação
e arborização.
Localização: Jacaraípe, Serra
Valor: não divulgado
Realização: Imobiliária Universal
Vista do Moxuara
Características: loteamentos com 119 unidades com áreas
a partir de 250m², próximo à BR-101, com água, energia,
iluminação pública, rede de esgoto, pavimentação
e arborização.
Localização: Cariacica
Valor: sob consulta após lançamento
Realização: Imobiliária Universal
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Regiões em alta
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O mercado imobiliário na Grande Vitória está a todo o vapor, desde o segundo semestre de 2020. E o mesmo tem acontecido fora da região metropolitana, com lançamentos previstos para acontecer ainda neste ano, em regiões consolidadas como Pedra Azul, em Domingos Martins, Linhares e São Mateus, além de apostas em regiões que tradicionalmente não estavam no radar para receber grandes empreendimentos, como Santa Teresa e Santa Leopoldina.
Segundo o diretor da Associação das Empresas do Mercado Imobiliário do Espírito Santo (Ademi-ES) Alexandre Schubert, esse movimento é bastante recente e muitos desses projetos estão focados, principalmente, na questão de dar mais espaço a seus futuros moradores, com loteamentos e condomínios de lotes ou de casas sendo o destaque nessa leva de novos empreendimento além da Grande Vitória.
“Muitas famílias estão optando por morar em casa. Essa visão sofreu uma mudança muito grande devido à pandemia do novo coronavírus, onde as pessoas buscam agora condomínios com áreas e compartilhamento de atividades, que deem mais qualidade de vida e mais espaço. Eles querem uma casa com uma área aberta, um quintal, que funcione como uma área de ‘descompressão’, já que a rotina tem feito com que muitas famílias trabalhem, estudem e convivam em um único espaço”, observa Schubert.
Uma das tendências dessas novas regiões são os imóveis como segunda moradia, mas com um uso mais intenso do que passar apenas o final de semana. “Esse perfil será de um tempo de uso de 30% a 40% a mais em relação a uma casa de praia ou casa de campo. E são projetos com um valor agregado maior”, disse.
Outra aposta, segundo Schubert, é o “campo dentro da cidade”. Um dos exemplos é a região próxima ao Monte Mochuara, em Cariacica. Mesmo dentro da Grande Vitória, é uma área que ainda mantém características de uma casa de campo, afastada da correria dos grandes centros, mas que permite um deslocamento mais rápido ao local de trabalho ou lazer.
PROXIMIDADE COM A GRANDE VITÓRIA
A proximidade com a Grande Vitória tem sido uma das apostas para o lançamento de empreendimentos de segunda moradia ou até mesmo a primeira, já que muitas cidades que fazem parte dessa nova onda de investimentos ficam, em média, de 40 a 50 minutos de distância do aeroporto de Vitória, por exemplo. Uma dessas áreas é Santa Leopoldina, onde a Vaz Empreendimentos recentemente lançou o Barão do Império, que será construído em três fases: a primeira terá um condomínio de chácaras, na sequência, o restaurante e por último o hotel.
“A região foi escolhida por ser uma área rural com uma proximidade de 35 a 45 minutos com a Grande Vitória. É uma alternativa para quem quer morar próximo aos grandes centros, mas não quer aglomeração, quer estar próximo à natureza, ouvir o canto dos pássaros. Esse empreendimento seria lançado em 2023, mas antecipamos para 2021 por conta da alta demanda por esse tipo de produto”, disse o diretor da Vaz Desenvolvimento e da Cristal Empreendimentos, Douglas Vaz.
A empresa tem interesse em investir em Itapemirim, por conta da retomada da cadeia de petróleo e gás na região. Vaz aponta também outras áreas de crescimento, como Ibiraçu, Aracruz, Santa Teresa, Domingos Martins e Iriri, em Anchieta, atraindo quem quer morar próximo ao litoral.
Outra empresa que tem planos de intensificar a sua atuação fora da Grande Vitória é a CBL, que deve lançar novos produtos, nos próximos meses, em Cachoeiro de Itapemirim e Praia Grande, em Fundão, que possui características de estar próximo ao litoral, segundo avalia o diretor de vendas da CBL, Renato Nolasco Ferreira.
“As pessoas querem sair dos grandes centros urbanos, mas ter a proximidade de deslocamento. E o mercado, em algumas cidades fora da Grande Vitória, está bastante aquecido. Em Linhares, já vendemos todos os quatro loteamentos que fizemos na cidade. Em Aracruz, temos oito loteamentos, quase que vendidos em sua totalidade, por isso, devemos investir em mais três novos empreendimentos por lá”, observa Ferreira.
Outra região que a empresa tem investido é Colatina, que segundo o diretor de vendas da CBL, respondeu muito bem e já está sendo preparado o quarto empreendimento nessa cidade. Outras áreas onde a empresa aposta são Nova Venécia, com dois empreendimentos lançados e também Ibiraçu, no eixo da BR-101.
VENDAS DISPARAM EM PEDRA AZUL
Nas montanhas, a necessidade de isolamento por conta da pandemia e o desejo das famílias de estarem em contato com a natureza teve um efeito imediato na região de Pedra Azul, em Domingos Martins: em muitos condomínios a oferta de áreas se esgotou e há somente terrenos de revenda.
O reflexo já é visto também no aumento dos preços. O corretor de imóveis Beto Lang, especializado na região, explica que a escassez se dá porque há alguns anos não são feitos novos lançamentos na região.
“Aumentou exponencialmente a procura por terrenos, quintas, chácaras e casas na região. Hoje, há muito mais demanda do que oferta em Pedra Azul. É difícil encontrar terrenos em condomínios, consequentemente os preços subiram. Teve aumento de até 100% nos valores”, revela.
Com a possibilidade de trabalho em
home office, muitas pessoas, inclusive,
optaram por passar mais tempo na região,
e não apenas finais de semana. “Quando
começaram a ficar trancadas em casa,
as pessoas sentiram necessidade de ter
um espaço. Hoje, com a oferta de fibra ótica,
melhorou muito o serviço de internet na
região, e muitos estão optando por
trabalhar em Pedra Azul mesmo”. network_cell
Regiões em alta
CONFIRA ALGUNS EMPREENDIMENTOS
As três “santas”
Santa Leopoldina, Santa Teresa e
Santa Maria de Jetibá estão entre as regiões
apontadas como potenciais áreas de
expansão do mercado imobiliário fora da
Grande Vitória. Entre os atrativos estão a
proximidade com a região metropolitana
e o clima de interior e montanhas, para se
morar ou como opção de segunda moradia
para “descompressão” durante a semana.
Rodrigo Borçato/Divulgação
Domingos Martins
Pedra Azul continua em alta, com uma
procura muito grande por terrenos,
principalmente próximo ao chamado
Quadrado de São Paulinho do Aracê.
Além da Rota do Lagarto, outras regiões
têm ganhado destaque, como a Rota do
Carmo, Vale da Pedra e Caxixe, no entorno do
Parque de Pedra Azul, e a Rota dos Ipês, mais
próxima a Campinho, na sede do município.
SeturES
Para o Sul
Já em Itapemirim, o atrativo principal é a
retomada da indústria de petróleo e gás na
região, além da economia que gira em torno
da pesca na cidade. Iriri, em Anchieta,
está entre as regiões litorâneas que têm
despertado o interesse do mercado imobiliário.
Entre os atrativos, estão a possibilidade de
morar perto da praia, como casa de praia,
alternativa a balneários mais adensados,
como Guarapari, e a proximidade com a
Grande Vitória, para quem optar por
essas regiões como primeira moradia.
Cachoeiro de Itapemirim também recebe
prédios residenciais de alto padrão.
fernando-madeira
Ao Norte
Aracruz se mantém em evidência, por ser
uma região litorânea próxima a Vitória.
Ibiraçu se destaca como uma nova rota de
turismo religioso, com a estátua do Buda
gigante no Mosteiro Zen Budista. São Mateus
e Colatina, por serem dois grandes polos,
também têm atraído a iniciativa privada.
Linhares também tem recebido
investimentos, com muitas obras em
andamento e sendo concluídas.
Prefeitura de Linhares
Luiz Scaramussa
Características: apartamentos de 4 ou 5 quartos com suíte,
sendo uma máster, com área privativa de 254,77m² e uma
cobertura linear com área de 506,67m². São 21 apartamentos
com 1 vaga de garagem, ponto para churrasqueira a gás na
varanda. Elevador com hall privativo para cada unidade. Lazer
com salão de festas, espaço gourmet com churrasqueira,
piscina de raia com sauna, espaço fitness, brinquedoteca,
salão de jogos, espaço de convivência, entre outros.
Localização: Bairro Gilberto Machado,
Cachoeiro de Itapemirim
Valor: não informado
Realização: Construtora Épura
Épura/Divulgação
Residencial Soma Villaris
Características: são 410 lotes a partir de 200m². Entregue
com infraestrutura de drenagem, terraplanagem, redes
elétrica, de esgoto e de água, pavimentação e paisagismo.
Terá ciclofaixa, playground e academia ao ar livre.
Localização: Quincas Machado, Guaçuí
Preço: a partir de R$ 102.051
Realização: Soma Urbanismo
Divulgação
Columbia Park
Características: Loteamento com 375 lotes a partir de
200m², na parte alta de Ibiraçu, a 500 metros do centro.
Infraestrutura, com acesso principal ao empreendimento,
na ES 257, onde será construído um trevo. Terá pavimentação,
distribuição de água, esgoto e drenagem pluvial. Também
será entregue com paisagismo, iluminação e projeto
urbanístico, áreas de lazer e outros atrativos.
Localização: Ibiraçu
Valor: a partir de R$ 64 mil
Realização: Lotes CBL
CBL/Divulgação
Morada do Lago
Características: loteamento de padrão econômico que será
lançado em três etapas e vai oferecer, ao todo, 1.326 terrenos
com áreas a partir de 200m². O lançamento da terceira fase
acontece este ano. Área total de mais de 602 mil m²,
com um total de 30 mil m² de áreas verdes.
Localização: avenida Filogônio Peixoto,
em frente ao Ifes, Linhares
Valor: não informado
Realização: Cristal Empreendimentos
Cristal/Divulgação
Lagoa Park III
Características: o loteamento está localizado em uma região
de valorização de Linhares, próximo ao centro e à BR 101.
O Lagoa Park III possui infraestrutura com terraplanagem,
pavimentação, drenagem pluvial, esgoto, rede de água,
paisagismo e iluminação. Área total de 319,7 mil m² e
lotes a partir 250m². Ao todo, serão 579 lotes.
Localização: Linhares
Valor: não informado
Realização: Lotes CBL
CBL/Divulgação
Residencial Reserva Jardim
Características: serão 211 lotes (1ª fase) a partir de 300m²,
com infraestrutura de drenagem, terraplanagem, redes
elétrica, de água e esgoto, pavimentação, estacionamentos
e portaria 24 horas. No lazer, quadras de tênis e futebol,
espaço gourmet com churrasqueira, espaço zen, espaço pet,
serviço de bicicletas compartilhadas, além de espaço
para coworking, entre outros.
Localização: bairro Aviação, São Mateus
Preço: a partir de R$ 112,443.75
Realização: Soma Urbanismo
Soma/Divulgação
Flora Park II
Características: lotes a partir de 180m², totalizando 441
unidades. Área total do empreendimento com 217,8 mil m².
Infraestrutura com terraplenagem, pavimentação, drenagem
pluvial, rede de água e esgoto, paisagismo e iluminação.
Localização: Nova Venécia
Valor: a partir de R$ 48.900
Realização: Lotes CBL
Barão do Império
Características: o empreendimento terá três fases. A primeira será um condomínio de chácaras, a segunda um restaurante e a terceira fase, a construção de um hotel. O casarão que será o restaurante faz parte do berço histórico, local de nascimento do primeiro governador do Estado. Os projetos são do arquiteto Kennedy Viana e restauração do casarão, de Tarick Assaf.
Localização: Santa Leopoldina
Valor: não divulgado
Realização: Vaz Desenvolvimento
Divulgação
Espelho d’Água
Características: tem quintas para revenda, de 2 mil a 7 mil m², além de casas prontas para venda. Possui portaria e segurança 24h, rede elétrica e fibra óptica subterrâneas. No lazer, campo de golfe, lago, quadra de beach tênis, campo de futebol, piscina semiolímpica aquecida, academia, área gourmet e cinema. São cerca de 50% de área verde de reintrodução de Mata Atlântica.
Localização: Rota dos Ipês, distrito de Soído, a 6 km de Campinho, Domingos Martins
Valor: quintas a partir de R$ 830 mil e casas a partir de R$ 2,95 milhões.
Realização: LC Empreendimentos
AndrÉ Alves
Monte Blú
Características: terrenos a partir de 1,8 mil m². Tem energia elétrica subterrânea, duas redes de fibra óptica, estação de tratamento de água e previsão de área para painéis fotovoltaicos. Já oferece quadra de tênis de saibro e campo de futebol, mas vai receber lazer com área gourmet, sauna, piscina, living com vista para a Pedra Azul.
Localização: na Rota Azul, em Pedra Azul
Preço: não informado.
Realização: Condomínio Residencial Monte Blú
Divulgação
Cerro Azul
Características: as vendas aumentaram na pandemia e há opções apenas para revenda, de investidores. Tem terrenos com média de 2,5 mil m² e estrutura com quadras de tênis, reserva com 5 mil árvores plantadas, portaria e segurança 24 horas, ruas calçadas, arborizadas e iluminadas e licença ambiental.
Localização: Aracê, Pedra Azul
Valor: a partir de R$ 470 mil
Realização: Serro Azul Empreendimentos
Divulgação
Fazenda dos Lagos
Características: terrenos de mil a 20 mil m², com acesso asfaltado, lagos e área de lazer com piscinas adulto e infantil, sauna finlandesa, área de TV, áreas para churrasco, área fitness, fogão a lenha e internet wi-fi. Cercado por mata preservada.
Localização: estrada que liga Marechal Floriano
a Alfredo Chaves
Preço: a partir de R$ 60 a R$ 160 o metro quadrado
Realização: Condomínio Fazenda dos Lagos
Divulgação
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Diferenciais
Nazca/Divulgação
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Os hábitos mudaram e, com isso, a infraestrutura dos empreendimentos também. Home office privativo ou compartilhado, espaços para entrega de refeições por drone, mercados e estúdio de gravações estão entre as novidades presentes nos projetos, que valorizam cada vez mais tecnologia, praticidade e bem-estar dos moradores.
“As empresas elaboram produtos habitacionais para atender às necessidades do mercado no momento e projetam também tendências, evitando a obsolescência. Atualmente, os empreendimentos apostam em tecnologia, espaços verdes e amplas áreas de lazer, além de segurança reforçada”, comenta o presidente da Associação das Empresas do Mercado Imobiliário do Espírito Santo (Ademi-ES), Sandro Carlesso.
Com a pandemia do novo coronavírus, novas necessidades surgiram. O trabalho remoto cresceu em 2020 e o espaço de home office passou a influenciar a decisão de compra. E os impactos desse modo de viver a maior parte do tempo dentro de casa não pararam por aí. A arquitetura biofílica, que possibilita uma reconexão com natureza, está em destaque. Estão cada vez mais cobiçados os apartamentos garden, com áreas privativas de quintal. E dentro de casa, a decoração ganha muitas plantas.
Além disso, com a metragem dos empreendimentos reduzida, a procura por projetos com ambientes integrados aumentou. Outra característica que influencia na hora de fechar negócio é a automação.
“O mercado cresceu muito, e as construtoras têm dado cada vez mais atenção às demandas dos consumidores. As pessoas, por exemplo, valorizam as fachadas dos empreendimentos e, por isso, elas estão ficando mais sofisticadas”, explica o diretor do Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado do Espírito Santo (Sinduscon-ES) Sandro Pretti.
SUSTENTABILIDADE
A busca por bem-estar fez aumentar a oferta de condomínios com áreas verdes e recursos sustentáveis. E a sustentabilidade não ajuda apenas o meio ambiente, o impacto também é sentido no bolso dos consumidores.
Para economizar na energia, por exemplo, alguns empreendimentos contam com lâmpadas de LED nas áreas comuns e sistema de aquecimento de água por meio de painéis de energia solar. Outros trazem pontos de recarga para carros elétricos.
Pretti reforça que a sustentabilidade é um quesito recorrente entre os lançamentos no Espírito Santo, com ganhos para a coletividade. “Captação pluvial é um investimento pequeno, mas que tem um retorno grande em relação à sustentabilidade. Quando se armazena a água da chuva para reaproveitamento, evita também o escoamento para as ruas, ou seja, há ainda um retorno para a cidade”, destaca.
TECNOLOGIA
O emprego da tecnologia nos empreendimentos vai desde a automação dos equipamentos até a criação de novos ambientes, como estrutura para gravação profissional de vídeos para o YouTube, por exemplo. Além disso, trazem economia para o morador.
“Nossos empreendimentos contam com uma ferramenta inédita no Estado, que é o aproveitamento da IOT, a internet das coisas. Nessa rede, trafegam dados de pequeno tamanho e as máquinas conversam. Assim, conseguimos informações do medidor de gás e água para emitir informativos via celular para os moradores sobre quanto já foi consumido, por exemplo”, destaca o diretor da Nazca Incorporadora, Breno Peixoto.
Ele explica que a automação nos
empreendimentos atuais é mais dinâmica,
sem necessidade de instalação de redes,
já que os equipamentos são conectados
via wi-fi.
“Um dos nossos empreendimentos conta com uma central de aspiração de pó. No nosso hall de serviços contém uma máquina com uma tubulação que liga todos os cômodos. Basta conectar a mangueira no espaço para utilizar”, exemplifica Peixoto.
Esses sistemas de automação residencial também são encontrados nos empreendimentos da Mazzini Construtora e Incorporadora. As unidades do 265.Brooklyn, por exemplo, são entregues com controle dos ambientes da casa pelo celular, fechadura eletrônica e tomadas USB.
O empreendimento conta ainda com um delivery drone, para receber encomendas via drones, e espaço gamer, uma arena equipada com computadores de ponta e estrutura moderna para e-Sports.
“As construtoras idealizam os seus lançamentos com itens que mantenham as unidades atualizadas pelo maior tempo possível. Entregas via drones ainda parece algo muito futurista, mas já vivemos essa realidade. Então, é importante ficar atento ao mercado e embarcar nas tecnologias que em breve vão se desenvolver muito rápido”, ressalta o diretor da Mazzini Construtora e Incorporadora, Luiz Claudio Mazzini Gomes.
AMBIENTES COMPARTILHADOS
Também aumentou a procura de
condomínios com ambientes compartilhados,
principalmente, os espaços de coworking.
Além disso, as plantas dos apartamentos
já trazem a opção home office. “A pandemia
potencializou essa necessidade. Então,
alguns dos nossos empreendimentos de
três quartos já têm espaços posicionados
para reduzir os custos do cliente, caso ele
queira adaptar os ambientes”, afirma o
diretor comercial da Grand Construtora,
Gustavo Rezende.
Como o lazer fora de casa está mais restrito, os condomínios-clube ganham muita força. “O Costa Mare tem uma ampla área de lazer com salas de projeção de cinema, uma oficina compartilhada com ferramentas, espaço para lavagem de carro, pub, local para pilates e yoga e espaço youtuber, com iluminação, equipamentos e fundo para filmagens adequadas”, comenta o diretor-geral da Lopes Engenharia, que faz a comercialização dos produtos da Opportunity Construtora, Marcos Murad.
Os lançamentos mais recentes já incluem também espaços exclusivos para entrega de mercadorias. O objetivo é reduzir o contato entre o entregador e o morador. Esses ambientes permitem a acomodação de refeições em compartimentos preparados para receber diversos tipos de produtos.
“Além dos espaços delivery, instalamos um mercado em um dos nossos lançamentos. Com funcionamento em 7 dias por semana, o objetivo é facilitar o dia a dia dos moradores que não precisam sair de casa para fazer compra”, destaca o diretor comercial da Grand Construtora, Gustavo Rezende. network_cell
Diferenciais
Opportunity / Divulgação
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TECNOLOGIA NO LAR
O futuro chegou e com ele as chamadas casas “inteligentes”. Controlar a iluminação por comandos de voz, automatizar as cortinas de acordo com o horário e substituir as chaves por fechaduras eletrônicas ou acesso biométrico, antes parecia só ser possível nos filmes ou em residenciais de luxo. Mas hoje é a realidade do mercado e uma forte tendência para os próximos anos.
Pelo menos, é o que aponta um estudo da Associação Brasileira de Automação Residencial e Predial (Aureside). De acordo com o levantamento, o uso de equipamentos para casas automatizadas deve crescer 20% até 2023.
Isso porque desde 1º de janeiro de 2021, está em vigor uma lei que beneficia tributariamente a Internet das Coisas (IoT). Um aparelho com a tecnologia IoT é capaz de se comunicar com outros dispositivos por meio de conexões sem fio, como smartwatches, smart TVs e outros equipamentos utilizados nessas residências.
Além desses incentivos, o diretor da Aureside, José Roberto Muratori, explica que nos últimos dois anos a automação começou a fazer parte do dia a dia das pessoas, porque também começou a se falar mais no assunto.
Segundo ele, o lançamentos de assistentes de voz, tanto do Google quanto da Amazon, ajudaram nessa popularização, assim como uma leva de produtos mais baratos.
“Antes, era preciso um projeto completo, reformar e mexer até nas instalações. Mas, hoje, temos equipamentos mais simples e as pessoas entenderam o que a automação pode proporcionar. A casa não é mais apenas um ambiente de lazer, é também espaço de trabalho e produção, por isso ela precisa ser funcional”, pontua Muratori.
BRASIL EM 11º LUGAR
Só no Brasil, de acordo com a Aureside, existem de 1,4 milhões a 3,2 milhões de casas automatizadas, algumas com projetos mais completos e outras com sistemas mais simples. Em 2016, a estimativa era de 300 mil residências. Além disso, o mercado brasileiro já ocupa o 11º lugar em termos mundiais.
Essa demanda crescente, para o diretor da Quero Automação, Vinícius Bastos, também pode ser justificada pelo fato de que hoje a população aceita mais a tecnologia. “As pessoas já entendem que o custo da energia tem ficado mais alto e a automação das lâmpadas, por exemplo, ajuda a reduzir alguns gastos. Mas o ideal é ter uma casa inteligente para viver melhor nos três pilares: conforto, segurança e economia”, ressalta.
O que antes parecia coisa de filme, hoje é uma realidade. Construtoras capixabas já entregam unidades automatizadas com fechaduras eletrônicas, controle de ambientes da casa pelo celular e até tomadas USB para conectar dispositivos e carregar os aparelhos.
DÁ PARA AUTOMATIZAR A CASA SOZINHO
Entretanto, apesar das pessoas estarem mais abertas para tecnologia, a automação residencial ainda é um tema em desmistificação. O diretor da comissão de materiais e tecnologias do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Espírito Santo (Sinduscon-ES), Luiz Cláudio Mazzini Gomes, afirma que esse é um processo e relembra que realizar compras pela internet, há alguns anos, também era tabu. Mas hoje o e-commerce faz parte da rotina de muitas pessoas.
“Temos sistemas baratos e de altíssima qualidade em que é possível controlar diferentes ambientes e equipamentos da casa. Mas muitas pessoas ainda são resistentes por acharem que é difícil. Mesmo quando ofertado pela construtora nos empreendimentos, algumas não dão sequência na implantação dos sistemas”, afirma Mazzini Gomes.
Por isso, a dica para os interessados é começar com equipamentos mais simples, até chegar a um projeto mais completo. Atualmente, por meio das assistentes virtuais de voz, é possível automatizar a iluminação e acessar plataformas de streaming nas smart TVs.
“Há um tempo, a automação residencial era algo realmente caro, então era feita por quem tinha alto poder aquisitivo ou muito interesse. Hoje dá para automatizar a casa sem realizar obras muito grandes e controlar das cortinas ao ar-condicionado”, comenta o CEO da Kokar Automação Residencial, Renan Santana.
E se o problema for o medo de ficar sem internet, nos sistemas mais avançados, as casas inteligentes são equipadas com ferramentas independentes de conexões de rede. Os dispositivos podem se comunicar por um cabeamento, nesse caso é necessária uma intervenção maior no espaço, ou por rádio-frequência, que é mais recomendado para casas já existentes. label_important
Kokar Automação/ Divulgação
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TECNOLOGIA NO LAR
Iluminação
A automatização das lâmpadas permite
controlar tudo via aplicativo e criar diferentes
cenários com intensidades de iluminação
predefinidas ao substituir os interruptores
tradicionais por modelos inteligentes. Um
comando de voz também pode determinar
que as luzes sejam acesas ou apagadas.
Fechaduras
Para reforçar a segurança e ajudar quem
costuma perder as chaves, a solução são as
fechaduras inteligentes, que podem
funcionar com senha, biometria ou
aproximação de cartões. O controle de
acesso permite descobrir quem entrou
na casa, em qual horário e por quanto
tempo. A dica é optar por protocolos
Zigbee, Z-Wave e Bluetooth que não
dependem de conexão de internet.
Ar-condicionado
Automatizar o ar-condicionado para
funcionar por determinados períodos
do dia e com temperaturas diferentes
pode ajudar na economia. Também
é possível programar o aparelho para
atender a determinadas situações na
rotina, só com o comando de voz.
Salas de estar
Na hora de assistir a um filme ou maratonar
a série favorita, a automatização dos
equipamentos pode transformar a sala de
casa em cinema. Quem possui um sistema
home theater, por exemplo, consegue
ativar os diferentes ajustes, entradas e
controles de som via assistente de voz.
A tecnologia também permite o controle
da iluminação e climatização do ambiente.
Sistemas de segurança
Mesmo não sendo muito comuns no
Brasil, eles ajudam a salvar vidas. Sensores
de fumaça, quando acionados, podem
emitir alertas ao proprietário. Já os
aparelhos que monitoram os níveis de gás
fecham automaticamente as válvulas ao
detectarem algum problema. Além disso,
há as câmeras para monitorar o imóvel
e acessar as filmagens remotamente por
aplicativo, que estão mais populares.
Medidores de energia
Para ajudar no controle de gastos,
os medidores de energia conectados
permitem comparar o consumo energético
atual do imóvel com o de meses anteriores.
Em casos com geradores de energia
solar fotovoltaica, o medidor precisa ser
bidirecional, para medir a quantidade de
energia injetada na rede e a consumida.
Som ambiente
Seja arrumando a casa ou relaxando,
a música tem o poder de transformar
momentos. Por isso, tem se tornado mais
frequente a automatização do sistemas
de nas casas conectadas. A maneira mais
simples e prática é utilizar os assistentes de
voz da Amazon ou do Google, por exemplo.
Cortinas elétricas
As cortinas automatizadas podem ajudar
a compor os ambientes, controlando
com precisão a entrada de luz solar
nas salas ou quartos, por exemplo.
Via comando de voz, elas são acionadas
e programadas para abrir e fechar em
determinado horário ou período do dia.
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Tendência
Móveis Conquista/Divulgação
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O conforto e a sensação de aconchego de um ambiente estão diretamente ligados à decoração. Quando se fala em cores, texturas, móveis, iluminação e adornos, os mínimos detalhes podem fazer toda a diferença. Afinal, mais do que beleza e funcionalidade, a decor deve refletir a cara do dono.
A boa notícia é que, independente do ambiente a ser montado ou remodelado, no caso de uma reforma, o leque de opções é extenso para atender a todos os estilos, observa o designer da Móveis Conquista, Everson Thomy.
Ele ressalta que, além das necessidades do espaço, gostos e preferências de design do cliente devem ser levados em consideração. Thomy aponta que as principais tendências atualmente são ambientes claros e móveis em linha reta com cores mais neutras.
Com as pessoas passando mais tempo dentro de casa e, em muitos casos, trabalhando em home office, devido à pandemia da Covid-19, a relação com o lar foi ressignificada. Agora, além da preocupação com a estética, existe também a procura por uma decoração que seja funcional e que também permita uma produtividade maior.
E se antes alguns problemas estruturais na cozinha ou o acúmulo de itens pela casa não incomodava, já que a família não ficava tanto tempo reunida, na quarentena isso mudou. “A pandemia antecipou e intensificou algumas mudanças como a procura por tecnologia dentro das casas. A decoração se tornou muito importante, porque o objetivo é morar em ambientes planejados, eficientes e, ao mesmo tempo, aconchegantes”, destaca a arquiteta e conselheira do Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Espírito Santo (CAU-ES), Luciane Veiga.
Como o isolamento social interrompeu o contato com o ambiente externo, o jeito foi trazer a natureza para dentro de casa. Assim o design biofílico, que privilegia essa aproximação, ganha cada vez mais espaço, assim como a estética japandi e o estilo Boho, que combinam elementos naturais, consumo consciente e resgate das relações afetivas.
“As pessoas tendem a harmonizar o ambiente com um pouco mais de verde para aproximar a natureza da rotina. Por isso, existe uma demanda forte por varandas gourmet que permitem conciliar um clima mais natural com o ambiente urbano”, explica Thomy.
Priorizando um design natural, o estilo Boho valoriza o resgate da memória e os tons mais suaves. “Esse é um tipo de design que trabalha o artesanato, o afeto, em uma estética mais romântica, sem deixar de ter como referências a paz, leveza e energia positiva”, destaca a arquiteta e conselheira do CAU-ES, Renata Modenesi.
Já a estética Japandi combina o estilo escandinavo com o minimalismo japonês, mescla tons terrosos com adornos naturais e prioriza a iluminação indireta. “O estilo japonês não é apenas minimalista, ativa também o aconchego e a praticidade. Isso porque trabalha conforto, consumo consciente e ergonomia”, aponta Luciane Veiga.
“Todas as tendências começam com produtos mais caros e as demais linhas vão se inspirando. Nos últimos anos, observamos um clareamento da madeira, dos tecidos e do mobiliário”, destaca o sócio-proprietário da Ampla Móveis, Ryan Braga Fabres.
Essas tonalidades também são tendências nos revestimentos, por serem fáceis de harmonizar no ambiente.“Os revestimentos que mais saem são peças maiores, retificados e com menos rejunte. Quando o assunto é cor, as preferidas são cinza, nude e branco para interiores, banheiros e cozinhas, porque combinam com qualquer detalhe”, destaca a arquiteta e designer da Dalla Bernardina, Sonia Regina Marques.
Em contraponto aos elementos naturais também estão em alta os projetos em estilo industrial, com tons mais frios, ressalta Sonia Regina. “Os revestimentos 3D e os cimentícios, que imitam o cimento queimado, têm uma ótima procura”, sinaliza.
Para valorizar cada detalhe, um bom jogo de luz é o grande trunfo. As lâmpadas de LED, explica Renata Modenesi, são as principais apostas mercado, mas é preciso estar atento à coloração delas já que isso influencia diretamente no conforto e bem-estar. “Quando falamos de iluminação, o ideal é a luz ser neutra, mais amarelada. Isso permite fidelizar as cores, ao contrário da luz branca que é mais azulada e não ajuda na sensação de aconchego do ambiente”.
Já a redução da metragem dos apartamentos exige aproveitamento total dos cômodos e praticidade, com destaque para os móveis de linhas retas. “Como hoje as unidades são menores, existe uma procura bem grande por estofados retráteis e reclináveis, linhas mais geométricas e muita madeira’’,
observa Everton Thomy. network_cell
Tendência
ILUMINAÇÃO QUE VALORIZA
Iluminação influencia diretamente o conforto
e bem-estar. A luz mais amarelada, próxima do
sol, permite fidelizar as cores, ao contrário das
luzes brancas, que são mais azuladas e não
contribuem para a sensação de aconchego.
unsplash
PEQUENOS, MAS ACONCHEGANTES
Com a metragem dos apartamentos diminuída, os
móveis de linhas retas e retráteis têm tido uma boa
saída. Também há um movimento de clareamento
dos ambientes, com móveis mais neutros, tecidos
do tipo linho e tons de madeira mais suaves. O
objetivo é trazer delicadeza, tranquilidade, além de
possibilitar a sensação de ampliação dos espaços.
Móveis Conquista/Divulgação
INDÚSTRIA DENTRO DE CASA
Em contraponto aos elementos naturais
também estão em alta os projetos em estilo
industrial, com tons frios. Revestimentos
3D e cimentícios continuam sendo muito
procurados. A preferência é por cores neutras,
principalmente, tons de cinza, nude e branco.
shutterstock
CONSUMO CONSCIENTE
E ERGONOMIA
A estética Japandi combina o estilo escandinavo
com o minimalismo japonês, mescla tons
terrosos com adornos naturais e prioriza
a iluminação indireta. A proposta reúne
conforto, consumo consciente e ergonomia.
ampla móveis/ divulgação
Camila Santos
CONEXÃO COM
A NATUREZA
O design
biofílico privilegia a
aproximação com a
natureza. As plantas
ganham lugar de
destaque dentro de
casa, assim como luz
e ventilação naturais
são muito valorizadas.
A proposta também
está presente nas
áreas externas dos
condomínios.
REVISITANDO O PASSADO
Nostálgico, o estilo Boho privilegia um
design natural e propõe um resgate de memórias.
Os projetos adotam tons mais suaves, trabalham
o artesanato e a estética romântica.
Emanam paz e leveza.
Renata modenesi
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De cara nova
Pixabay
Pintura desbotada, revestimento soltando, infiltração. Não há como fugir. Mais cedo ou mais tarde, a casa dá sinais de que precisa de uma reforma. Mas antes de partir para a ação e iniciar o “quebra-quebra”, planejar cada etapa do processo pode determinar o final feliz.
Coloque tudo numa planilha: qual ambiente será reformado; o objetivo da reforma; materiais necessários, mão de obra, tempo de execução. Depois comece a pesquisa de preços e inclua também num arquivo os valores.
A escolha do material precisa ser criteriosa, alerta o diretor comercial da Casa do Serralheiro, Lucas Reis. “É preciso conferir algumas credenciais dos produtos. Vale a pena checar os certificados do Crea (Conselho Regional de Engenharia e Agronomia) e da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas). Se a obra envolve a parte elétrica, por exemplo, então é importante prestar atenção no consumo elétrico, na classificação e no selo do Inmetro”, pontua.
Também é preciso pensar no projeto como um todo para manter a harmonia. “Se a obra vai começar pelo banheiro, e a cuba é de sobre encaixe, por exemplo, então a torneira precisa ser de bica alta”, destaca a arquiteta e analista de projetos da AS Materiais, Cleydiani Batista da Silva.
Toda a etapa de pesquisa pode ser pensada até três meses antes do início das obras, no caso de projetos menores. Já em reformas maiores, o prazo aumenta para seis meses, apontam os especialistas.
“Planejar comprar materiais adequados e com antecedência, podem garantir uma economia de até 30% no valor. E isso vale tanto para imóveis residenciais, quanto para imóveis comerciais”, destaca a arquiteta e conselheira do Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Espírito Santo (CAU-ES) Luciane Veiga.
Para quem mora em condomínio, também é preciso se inteirar antecipadamente das regras e comunicar aos vizinhos que os dias ou meses seguintes serão barulhentos, explica Luciane. “Alguns condomínios proíbem a troca de luminária na varanda, por exemplo, outros possuem horários diferentes para liberação das obras. É preciso conhecer e seguir as recomendações”, comenta.
Além disso, é importante saber o que não fazer durante uma reforma. Por isso, a ajuda profissional de arquitetos e engenheiros é indispensável em obras maiores. São eles que também vão assinar a documentação necessária para regularizar o trabalho juntos aos órgãos fiscalizadores.
O gerente de atendimento do Crea-ES, José Maria Cola dos Santos, explica que, quando não se conhece a estrutura da edificação, quebrar paredes e perfurar vigas pode causa sérios danos à estrutura e colocar vidas em risco.
Os cuidados valem até para uma simples troca de piso. “Se no lugar do porcelanato for colocado granito, que é muito mais pesado, por exemplo, pode haver sobrecarga da laje. Tudo tem que ser analisado”, explica José Maria Cola.
Com os materiais comprados e profissionais contratados, é hora da bagunça. “O ideal é começar por tudo aquilo que faça poeira. A dica é realizar toda a quebradeira possível de primeira, para depois finalizar com os acabamentos”, aconselha Luciane.
Cola recomenda que sejam feitas manutenções constantes no imóvel, sem deixar que os problemas se acumulem. “É importante cuidar preventivamente até de detalhes. Quando se cuida de um imóvel, a vida útil dele é atualizada e uma manutenção corretiva pode custar muito caro”, frisa.
Não dispor de todo o recurso financeiro para investir na reforma também não inviabiliza a obra, dá para fazer aos poucos, o importante é dar os primeiros passos, destaca a arquiteta e designer de interiores Fernanda Calazans.
“Se a pessoa tiver o valor total, o ideal é encarar a reforma de uma vez só. Mas se está morando no imóvel e não tem como se ausentar ou se falta dinheiro, é possível dividir em etapas”, sugere.
Mas Fernanda destaca que, independente do tamanho da obra, não se deve abrir mão da calculadora e de montar uma planilha de custos. “Muitas pessoas começam a obra sem saber quanto vão gastar. Ter a projeção calculada evita que a reforma fique inacabada”, salienta. label_important
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De cara nova
Para quem quer mudar o layout dos espaços mas quer fugir da sujeira das obras tradicionais, há soluções tecnológicas e sustentáveis, como a reforma a seco.
“O drywall e as placas de instalação são ideais para quem não quer bagunça porque dispensam o uso de argamassa. É uma alternativa mais sustentável, que não compromete a estrutura do empreendimento, e tem sido muito utilizada nos prédios atuais”, destaca a arquiteta e analista de projetos da AS Materiais, Cleydiani Batista da Silva.
Soluções que eram comuns no comércio atualmente também têm sido adotadas nas fachadas das residências. As chapas de alumínio ACM são fáceis de trabalhar e podem ser utilizadas em portas, devido ao material leve e design moderno, aponta o diretor comercial da Casa do Serralheiro, Lucas Reis.
Já na para de interiores, os pisos de cimento queimado são uma forte tendência. Além das placas maiores de porcelanato, a procura por materiais acinzentados e rústicos substituiu os revestimentos amadeirados.
O auxiliar de compras da Bremenkamp Material de Construção, Manoel Rodrigues, destaca que também vêm sendo muito procurados os chuveiros de maior resistência, em que não é preciso desligar o aparelho para mudar a temperatura, assim como as torneiras de monocomando, nas quais de um lado sai água quente e, do outro, gelada. network_cell
Tecnologia permite
obra sem sujeira
1
Planejamento
Coloque tudo numa planilha: qual ambiente
será reformado; objetivo da reforma; materiais
necessários, mão de obra, tempo de execução.
2
Pesquisa
Comece a pesquisa de preços dos materiais
e serviços e monte a planilha de custos para
te uma real noção de quanto vai custar a
reforma no total. Se não tiver dinheiro para
realizar tudo, divida o projeto em etapas.
3
Compra
Todos os materiais devem ser comprados
antes do início da obra. E a escolha precisa
ser criteriosa, observando as credenciais
dos produtos. Além disso, é preciso
pensar no projeto como um todo para manter a harmonia.
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Regras
Para quem mora em condomínio,
é preciso se inteirar antecipadamente
das regras e comunicar aos vizinhos que os
dias ou meses seguintes serão barulhentos.
5
Ajuda profissional
Contrate os executores da reforma:
pedreiros, eletricistas, pintores. A ajuda
profissional de arquitetos e engenheiros
é indispensável em obras maiores. São eles
que também vão assinar a documentação
necessária para regularizar o trabalho
juntos aos órgãos fiscalizadores.
6
Quebra-quebra
Com os materiais comprados e profissionais
contratados, é hora da bagunça. O ideal é
começar por tudo aquilo que faça poeira.
A dica é realizar toda a quebradeira possível
de primeira e, depois, os acabamentos.
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Contas equilibradas
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Manutenção constante da fachada e do lazer, plantas bem tratadas, áreas comuns limpas e controle rigoroso da entrada para garantir segurança. Nesses poucos exemplos, já dá para ver que cuidar de um condomínio dá trabalho. Mas conseguir manter tudo em ordem gastando menos é o sonho dos condôminos e o desafio dos síndicos e administradores.
Com a pandemia do coronavírus, essa tarefa de equilibrar as contas ficou ainda mais difícil. Há mais de um ano, o isolamento social mudou a rotina das pessoas e também a dinâmica nos condomínios residenciais, que viram os gastos rotineiros subirem muito, junto com a inadimplência.
A casa virou escritório, aumentando o tempo dos moradores no imóvel e o consumo de água. Além disso, para garantir a segurança sanitária de todos, foi preciso investir em materiais de limpeza e equipamento de proteção individual para os funcionários. Outro aspecto que impactou o custo nesse período foi o aumento da incidência de atestados médicos de profissionais que trabalham dentro dos condomínios, por confirmação ou suspeita de Covid-19.
Segundo o diretor fundador da Cecad Administração Condominial, Claudionor Brandão, as despesas dos condomínios cresceram, em média, 10% a 15%, e uma das grandes vilãs foi a conta de água. Ele destaca ainda que, nos primeiros meses de pandemia, em 2020, houve aumento da inadimplência.
“A inadimplência aumentou muito nos primeiros meses de isolamento social, mas entre o final de 2020 e início de 2021, essa situação se normalizou. No entanto, para proteger melhor tanto profissionais quanto moradores, foi preciso fazer altos investimentos em materiais de proteção, álcool e outros equipamentos. Os síndicos e administradores tiveram um papel fundamental no controle da pandemia nos condomínios”, avalia Brandão.
O presidente do Sindicato Patronal de Condomínios (Sipces), Gedaias Freire da Costa, reforça que os primeiros meses de isolamento social, no ano passado, foram de adaptação e que síndicos e administradores foram importantes para que as novas regras pudessem ser cumpridas dentro de cada condomínio.
“Logo no início, houve conflitos com o fechamento das áreas comuns e a paralisação de obras, por exemplo. Mas nos meses seguintes, as pessoas começaram a compreender e, hoje, as novas regras da pandemia já fazem parte da rotina”, observa.
Para driblar o aumento dos gastos, a conscientização dos condôminos é uma das principais estratégias, aponta Brandão. “É preciso realizar uma campanha de conscientização com os moradores, principalmente no gasto de água, que representa um dos custos mais altos em um condomínio. Outra ação é saber negociar com fornecedores e fazer um bom planejamento de gastos e da manutenção em dia”, pontua.
A sócia da Ágil Serviços, Leidiane Malini, exemplifica como que a renegociação de contratos junto a prestadores de serviços também pode contribuir para a redução dos gastos. “Na pandemia, as áreas de lazer do condomínio ficam mais tempo paradas e há consequentemente uma redução da manutenção. Mas isso não quer dizer que elas não devam acontecer. Portanto, uma renegociação com as empresas parceiras que realizam a manutenção pode significar uma redução nas despesas, além de evitar deterioração do patrimônio”, observa.
Outra forma de cortar custos é adotar uma portaria virtual ou portaria eletrônica com biometria, aponta o presidente do Sipces. “Com uma portaria virtual, os custos podem cair pela metade. E no caso da portaria eletrônica, que os moradores têm acesso por biometria, esses custos podem cair até 80%. Mas essa alternativa só é recomendada para condomínios pequenos, de até 20 unidades, pois, para condomínios maiores fica bem mais difícil manter o controle”, complementa Brandão. network_cell
Conscientização
A conscientização de moradores para
reduzir gastos, principalmente relacionados
ao uso da água, é um dos fatores que
pode contribuir significativamente para a
redução de custos, afinal, a água está entre
os maiores gastos de um condomínio.
Fornecedores
Na hora de contratar, faça pesquisa de preços
com diferentes fornecedores e busque o
melhor preço, sem abrir mão da qualidade.
No caso dos serviços já contratados, também
vale readequar a demanda e negociar junto a
prestadores de serviços desconto nos valores.
Portaria virtual e biometria
Dependendo do tamanho do condomínio, é
possível cortar custos ao adotar uma portaria
virtual ou por biometria. A economia com a
portaria virtual chega a 50%. Já a redução de
gastos com a biometria pode ser de até 80%.
Manutenção
Realize manutenção periodicamente nas
áreas comuns do condomínio para evitar
consertos de última hora, que podem
acabar encarecendo o serviço.
Eficiência energética
Troque as lâmpadas das áreas comuns por
lâmpadas mais eficientes e instale sensor
de presença. Isso tudo vai contribuir
para um gasto menor de energia.
Tecnologia
Utilize a tecnologia a favor da organização
na gestão do condomínio. Organize
e planeje as ações do condomínio
utilizando programas próprios. Adote
também a documentação eletrônica.
Qualidade
Pequenas despesas podem gerar grandes
custos, se os produtos mais baratos não
forem de boa qualidade. Invista em produtos
e materiais de maior valor agregado, onde
for possível, para que durem mais tempo
e necessitem de menos manutenção.
Fonte: Gedaias Freire da Costa, presidente do Sipces;
Claudionor Brandão, diretor fundador da Cecad Administração
Condominial; Leidiane Malini, sócia da Ágil Serviços.
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